Louvre: ele está num hospital desde o ataque, e nesta terça a sua situação de saúde "piorou muito" durante o dia (Christian Hartmann/Reuters)
Reuters
Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 21h55.
Paris - O homem preso pela polícia por atacar soldados com um facão do lado de fora do museu do Louvre em Paris na semana passada disse que queria danificar as pinturas e vingar o povo sírio, disse uma fonte judicial nesta terça-feira.
Abdullah Reda al-Hamahmy confirmou o nome dele, a idade de 29 anos e a nacionalidade egípcia para investigadores depois de inicialmente se recusar a falar, segundo a fonte.
Ele estava levando tintas spray na mochila e afirmou que queria danificar as pinturas no museu famoso mundialmente, disse a fonte, acrescentando que as declarações do suspeito deveriam ser recebidas com cautela.
O suspeito também falou que queria "vingar o povo sírio", declarou a fonte, em referência à guerra civil naquele país em que centenas de milhares de pessoas foram mortas, e milhões tiveram que deixar as suas casas.
Hamahmy recebeu vários tiros na sexta depois de atacar soldados e gritar "Allahu Akbar", no que o presidente francês, François Hollande, descreveu como um ataque terrorista.
Ele está num hospital desde o ataque, e nesta terça a custódia policial foi suspensa à medida que a sua situação de saúde "piorou muito" durante o dia, afirmou a fonte, sem entrar em detalhes.
A França, que se prepara para uma eleição presidencial em abril e maio, permanece sob estado de emergência depois de uma série de ataques por militantes islâmicos nos últimos dois anos nos quais mais de 230 pessoas foram mortas.