Polícia: o ministro declarou que elas preparavam "novas ações violentas e, ao que parece, iminentes" (Christian Hartmann/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2016 às 09h32.
A principal suspeita na investigação de um carro com botijões de gás encontrado em Paris que, segundo as autoridades, seria usado em um atentado iminente, havia jurado lealdade ao grupo extremista Estado Islâmico (EI), informou uma fonte próxima à investigação.
A mulher, de 19 anos e detida na quinta-feira à noite ao lado de outras duas cúmplices, é a filha do proprietário do carro, encontrado no domingo com vários botijões de gás nas proximidades da catedral Notre-Dame de Paris.
A jovem foi ferida por um tiro depois de atacar com uma faca um dos policiais que a deteve na localidade de Boussy-Saint-Antoine, ao sudeste de Paris.
As três mulheres detidas têm 39, 23 e 19 anos. O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, as chamou de "radicalizadas, fanáticas".
O ministro declarou que elas preparavam "novas ações violentas e, ao que parece, iminentes".
A polícia francesa está em alerta pelo risco de atentados nas estações de trem de Paris e no subúrbio.
Os investigadores ainda tentam entender porque o carro, com o pisca-alerta ligado e sem placa, foi estacionado em pleno Bairro Latino, a poucos metros da catedral de Notre Dame de Paris, visitada por milhares de turistas.
Dentro do veículo foram encontrados cinco botijões de gás e três recipientes de combustível, mas nenhum sistema de detonação foi localizado.
A França permanece em alerta após uma série de atentados em 2015 e 2016.
Os mais recentes aconteceram em Nice, onde um caminhão atropelou e matou 86 pessoas em 14 de julho, e na região de Rouen (noroeste), onde um padre de 85 anos foi degolado durante uma missa.
O serviço de inteligência teme que, depois do uso de metralhadores, coletes com explosivos e facas, o próximo ataque aconteça com artefatos explosivos em locais de grande fluxo de pessoas.