Edward Snowden: no momento há vários processos em andamento em tribunais federais contra a espionagem da NSA revelado por Snowden (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2013 às 15h22.
Washington - A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta segunda-feira considerar o recurso de uma ONG contra os programas de espionagem telefônica e na internet da Agência de Segurança Nacional (NSA).
O Supremo não considerará a reivindicação do grupo Electronic Privacy Information Center (EPIC), a primeira apresentada perante a máxima instância judicial americana contra os programas de espionagem revelados pelo ex-analista de inteligência da NSA, Edward Snowden.
O tribunal não explicou as justificativas para a sua recusa em analisar o caso, que se baseia na alegação que o tribunal secreto que outorga as autorizações à NSA para recopilar dados de comunicações em todo o mundo agiu de forma inadequada.
O EPIC interpôs o recurso sem que haja qualquer processo em andamento em uma instância judicial inferior. Esse é um procedimento pouco habitual, já que normalmente os casos chegam ao Supremo depois de passar por tribunais federais de distrito.
A ONG alega que o tribunal secreto Fisa, que autoriza ações de espionagem da NSA, se excedeu em sua jurisdição ao ordenar empresas telefônicas como a Verizon a entregar milhões de registros telefônicos que 'não são relevantes para uma investigação autorizada'.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos, por sua vez, disse que a ONG deveria recorrer aos tribunais federais, onde o governo tem mais margem para se opor a essas demandas, antes de solicitar a opinião do Supremo.
Por enquanto, há vários processos em andamento em tribunais federais contra a espionagem da NSA revelado por Snowden, especialmente contra o programa que permitia recopilar milhões de registros telefônicos e revisar comunicações na internet no exterior.
Organizações de defesa dos direitos civis nos Estados Unidos criticam que em ambos os casos a NSA poderia ter excedido seu mandato ao violar a privacidade de cidadãos americanos.