MUÇULMANOS PROIBIDOS: mulher muçulmana segura cartaz em protesto a decisão de Trump. Decreto gerou inúmeros protestos nos EUA / Charles Mostoller/Reuters (Charles Mostoller/Reuters)
EFE
Publicado em 25 de setembro de 2017 às 17h40.
Washington - O Supremo Tribunal dos Estados Unidos cancelou temporariamente nesta segunda-feira uma audiência prevista para o dia 10 de outubro e cujo objetivo era analisar a legalidade do veto a refugiados e cidadãos de seis países muçulmanos proclamados pelo presidente Donald Trump.
Em uma breve ordem, os nove juízes da alta corte eliminaram a audiência do calendário de argumentações orais para outubro e pediram às partes que, antes de 5 de outubro, entreguem novos documentos com sua argumentação para defender ou opor-se ao veto migratório de Trump.
Os magistrados querem que as partes levem em conta as diretivas emitidas neste domingo por Trump para substituir seu veto, proclamado em março e que servia para proibir durante 120 dias a entrada nos EUA de refugiados e, durante 90 dias, a chegada de cidadãos de Irã, Somália, Sudão, Síria, Iêmen e Líbia.
Por meio de um decreto, Trump substituiu esse veto, que expirava justamente neste domingo, e proibiu a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de oito nações: Irã, Líbia, Síria, Iêmen, Somália, Chade, Coreia do Norte e Venezuela, sendo que neste último só se verão afetados alguns funcionários públicos e seus familiares imediatos.
A decisão de hoje dos juízes acontece em resposta a uma petição formulada no próprio domingo pelo advogado-geral do governo dos EUA, Noel J. Francisco.
A decisão do Supremo representa um revés para as organizações defensoras dos imigrantes, pois poderia atrasar em meses a emissão de uma decisão judicial definitiva sobre o veto de Trump.