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Supremo do Canadá ouvirá Chevron por indenização no Equador

Corte admitiu para trâmite uma apelação da companhia petrolífera depois que tribunal inferior permitiu ao Equador reivindicar uma indenização multimilionária


	Campo de exploração de petróleo da Chevron: companhia  foi condenada por danos ao meio ambiente no Equador
 (David McNew/Getty Images)

Campo de exploração de petróleo da Chevron: companhia  foi condenada por danos ao meio ambiente no Equador (David McNew/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 23h08.

Toronto - A Suprema Corte do Canadá admitiu para trâmite uma apelação da companhia petrolífera Chevron depois que um tribunal inferior permitiu ao Equador reivindicar no país uma indenização multimilionária à qual foi condenada por danos ao meio ambiente na nação andina.

O Tribunal de Apelação de Ontário decidiu em dezembro do ano passado que o Equador podia realizar a reivindicação a Chevron Canadá como responsável subsidiária do pagamento dos US$ 9,5 bilhões a que foi condenada a empresa matriz nesse país andino pelo caso de contaminação da região amazônica de Lago Agrio.

Dito tribunal revogou a decisão prévia de outra corte que tinha opinado que a subsidiária de Chevron no Canadá não podia ser alvo dessa reivindicação porque a multinacional com sede na Califórnia (Estados Unidos) não é diretamente proprietária de seus ativos.

A companhia petrolífera foi condenada em 2011 por um tribunal equatoriano a pagar mais de US$ 19 bilhões de indenização pelos 'graves danos ambientais' à Amazônia entre 1964 e 1990, anos nos quais operou no país a Texaco, adquirida depois por Chevron.

A condenação foi confirmada em novembro pela Corte Nacional de Justiça do Equador que, no entanto, rebaixou à metade a indenização e a deixou em US$ 9,5 bilhões, multa que os litigantes tentaram cobrar em diferentes partes do mundo.

Também em novembro do ano passado, o governo do Equador pediu a um tribunal arbitral de Haia que suspendesse o processo contra si iniciado pela companhia petrolífera em 2009, por uma suposta violação ao Tratado Bilateral de Proteção Recíproca de Investimentos (TBI) com os Estados Unidos. EFE

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