Logo do New York Times: Suprema Corte não explicou a decisão (afp.com / Ramin Talaie)
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2014 às 14h43.
Washington - A Suprema Corte de Justiça americana não quis intervir nesta segunda-feira em um caso de proteção de fontes que envolve um repórter do jornal The New York Times e a CIA.
A máxima instância judicial do país rejeitou uma apelação do jornalista James Risen, que foi convocado a testemunhar no julgamento contra o ex-agente da Agência Central de Inteligência (CIA) Jeffrey Sterling, acusado de vazar informações confidenciais sobre uma operação secreta no Irã.
Em seu livro "State of War" (Estado de Guerra), publicado em 2006, Risen descreve uma missão abortada da CIA para enviar um ex-cientista russo ao Irã com o objetivo de transmitir informações falsas, em uma tentativa de sabotar o controverso programa nuclear de Teerã.
A Suprema Corte não explicou a decisão, que valida uma ordem para obter a declaração de Risen emitida por um tribunal de apelações.
Risen, que pode ser condenado à prisão caso se negue a revelar suas fontes, não respondeu imediatamente a um pedido de declaração da AFP.
Espacialistas consideram que o caso põe à prova a liberdade da imprensa para investigar abusos do governo.