Talibã: grupo negou a participação de crianças em seus frentes de combate (Nasir Wakif / Reuters/Reuters)
EFE
Publicado em 22 de agosto de 2019 às 16h38.
Última atualização em 22 de agosto de 2019 às 16h42.
Cabul — A polícia deteve um menor de 13 anos, suposto talibã que participou de uma missão para matar membros das forças de segurança na conflituosa cidade de Jalalabad, no leste do Afeganistão, informaram nesta quinta-feira, 22, fontes oficiais.
"A criança de 13 anos foi detida na cidade de Jalalabad pela polícia. O menor esteve envolvido no assassinato de seis membros das forças de segurança na província", disse à Agência Efe Attaullah Khogyanai, porta-voz do governador de Nangarhar.
De acordo com o porta-voz, o menor identificado como Imam-ul-Din foi enviado a Nangarhar pelos talibãs há sete meses para assassinar membros das forças de segurança.
"Na investigação inicial, o menino confessou ter matado a tiros seis membros das forças de segurança" nos últimos sete meses, garantiu.
O governador de Nangarhar, Shah Mahmoud Myakhail, afirmou em comunicado que o menor, que foi residente da província sudeste de Khost, "foi especialmente treinado com táticas especiais pelos talibãs e depois enviado a Nangarhar para a missão de assassinato".
O porta-voz talibã, Zabihullah Mujahid, negou à Agência Efe a participação de menores de idade como combatentes nas fileiras do grupo insurgente.
"Não confirmo isto, nas nossas fileiras as crianças não têm permissão para operar", recalcou.
Segundo o porta-voz do governador, há vídeos e fotos da criança que não foram compartilhados com os veículos de imprensa por respeitar à dignidade.
A Polícia Antiterrorista da província enviou oficialmente o adolescente ao Departamento de Menores do Escritório do Procurador-Geral para uma investigação completa.
O uso de crianças em ataques suicidas por parte dos insurgentes não é algo novo, mas nos últimos anos quase não houve informações sobre menores envolvidos em atividades terroristas ou em uma missão de assassinato tão longa sem ser detido pelas forças de segurança.