Superiate Bayesian (Guarda Costeira da Itália/AFP)
Repórter da Home
Publicado em 23 de setembro de 2024 às 13h37.
As autoridades responsáveis pela investigação dos destroços do superiate Bayesian, que naufragou na costa da Sicília no mês passado, levantaram preocupações sobre possíveis dados confidenciais armazenados a bordo.
O acidente, que resultou na morte de sete pessoas, incluindo o bilionário da tecnologia Mike Lynch e sua filha, despertou interesse de autoridades italianas, que suspeitam que o iate contenha informações sigilosas vinculadas a serviços de inteligência de países ocidentais.
A investigação revelou que Lynch, que tinha ligações com serviços de inteligência britânicos e americanos por meio de suas empresas, como a Darktrace, pode ter armazenado dados confidenciais no iate.
De acordo com a CNN, os investigadores temem que discos rígidos criptografados com informações sensíveis estejam nos cofres estanques do iate. Essas preocupações se intensificaram diante da possibilidade de que ladrões ou até mesmo autoridades estrangeiras, como Rússia e China, possam tentar acessar os destroços em busca de tais dados.
A polícia local inicialmente temia saques em busca de joias ou outros itens valiosos, mas agora a prioridade é proteger os dados possivelmente contidos no iate. Autoridades italianas já solicitaram vigilância adicional no local, inclusive monitoramento subaquático, até que os destroços possam ser levantados. A embarcação foi atingida por um tornado durante uma tempestade repentina e, na ocasião do naufrágio, abrigava 22 pessoas, entre tripulantes e passageiros.
O superiate, construído pela Perini Navi e com um dos maiores mastros do mundo, tinha sido projetado para oferecer luxo e segurança, mas acabou sucumbindo à força da natureza. Agora, a segurança do local é reforçada para evitar que informações potencialmente sensíveis sejam comprometidas.