Os três países começam a moldar o acordado na cúpula do dia 12 de junho em Singapura (Jonathan Ernst/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 11 de julho de 2018 às 13h37.
Última atualização em 11 de julho de 2018 às 13h37.
O enviado sul-coreano nas negociações para a desnuclearização da península, Lee Do-hoon, viajou hoje (11) aos Estados Unidos a fim de tentar coordenar os próximos passos no diálogo aberto com o regime norte-coreano para seu possível desarmamento.
Lee decolou na manhã de hoje no aeroporto de internacional de Incheon, no oeste de Seul, rumo a Washington, onde permanecerá até sábado para manter reuniões com diversos representantes do governo americano, informou a chancelaria sul-coreana em comunicado.
A viagem de Lee a Washington ocorre depois de o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, ter visitado Pyongyang na semana passada para começar a moldar o acordado na cúpula de Cingapura, em 12 de junho.
No entanto, a visita de Pompeo foi menos positiva do que o esperado e inclusive o regime condenou depois em comunicado que Washington siga exigindo o que Pyongyang classifica de "desnuclearização unilateral".
Mesmo assim, muitos analistas parecem considerar que as palavras da Coreia do Norte - seja pela terminologia utilizada ou pelo fato de que a propaganda estatal não publicou nada na imprensa local - parecem refletir uma mudança tática nas conversas.
"No caminho para a completa desnuclearização da península coreana, os próximos meses provavelmente serão muito importantes", disse hoje Lee aos veículos de imprensa sul-coreanos antes de decolar, destacando que apesar das palavras de Pyongyang, ambas as partes se comprometeram a manter conversas de alto nível. O próprio governo sul-coreano qualificou a viagem de Pompeo de "ponto de partida bastante produtivo".
"Antes de tudo, um elemento-chave no processo é como se coordenarão a Coreia do Sul e os EUA, e essa é a razão pela qual estou viajando [a Washington]", acrescentou em declarações coletadas pela agência "Yonhap".
Entre os funcionários com os quais deve se encontrar, estão o diretor para a Ásia do Conselho de Segurança Nacional, Matthew Pottinger, braço direito do presidente americano, Donald Trump, quanto às suas políticas sobre a Coreia do Norte e figura fundamental na hora de organizar a histórica cúpula de Cingapura.
Na citada cúpula de 12 de junho, Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, assinaram uma declaração na qual o regime se compromete a trabalhar por sua "total desnuclearização" se Washington garantir sua sobrevivência.