As possíveis contas de Hosni Mubarak na Suíça foram congeladas por três anos (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2012 às 20h03.
Genebra - O governo da Suíça ordenou nesta sexta-feira o congelamento de eventuais bens do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak e seus funcionários logo depois do anúncio da renúncia, informou o ministro de Relações Exteriores.
"O Conselho Federal (governo) decidiu congelar quaisquer bens do ex-presidente egípcio e de seus funcionários na Suíça com efeito imediato", disse o ministro em um comunicado.
Ele acrescentou que o congelamento de três anos tem como objetivo prevenir qualquer risco de apropriação indevida de ativos do Estado egípcio.
Além de qualquer dinheiro ou investimento em bancos da Suíça, a ordem, publicada às 16h30 GMT (14h30 de Brasília), de acordo com a agência suíça ATS, também se aplica à venda ou transferência de qualquer residência ou propriedade comercial.
Não estava imediatamente claro se tais bens estariam localizados na Suíça.
O governo suíço também pediu às autoridades egípcias que "respondam ao desejo legítimo do povo egípcio de transparência e participação".
O embaixador suíço no Egito descreveu a situação no Egito como uma "euforia de vitória na Copa do Mundo multiplicada por 10", informou a ATS.
As autoridades suíças promoveram um congelamento semelhante sobre os bens do ex-presidente tunisiano Zine El Abidine Ben Ali no mês passado, alguns dias depois de ele deixar o poder.
A medida teve como resultado o bloqueio de uma soma de milhões de dólares na Suíça, informaram fontes oficiais.