Para Sarney Filho,e embora a sustentabilidade se mantenha sobre um tripé - ambiental, social e econômico – sem o ambiental os outros dois não existem (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2012 às 18h33.
Rio de Janeiro – A Comissão de Meio Ambiente (CMA) da Câmara dos Deputados concluiu o relatório sobre o Ciclo de Debates Rio+20, a ser lançado na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, no dia 15 junho, no Parque dos Atletas, com sugestões da população brasileira para a preservação do meio ambiente no país.
O presidente da comissão, deputado Sarney Filho (PV-MA), disse que o relatório é resultado de uma série de debates em diferentes capitais do país ocorrida durante o ano passado. Foram colhidas sugestões e recomendações de vários segmentos da sociedade sobre economia verde, energias renováveis, biomas, recursos hídricos e cidades sustentáveis para serem incluídas na pauta da conferência.
“Vimos que a execução da Rio+20 estava sendo apenas uma ação do Executivo federal, então reunimos organizações da sociedade civil, parlamentares, entes federados e ambientalistas para discutirmos os grandes temas da sustentabilidades em alguns pontos do Brasil”.
Em Manaus, foram discutidos temas relacionados aos biomas do país. Em Recife, os debates focaram as fontes de energia renovável. Em Cuiabá, os recursos hídricos. Em Porto Alegre, a segurança alimentar. O encontro final ocorreu em Brasília, quando foi sistematizadas as discussões. O relatório foi entregue aos ministérios das Relações Exteriores e de Minas e Energia e a integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU).
Sarney Filho lamentou o fato da Rio+20 não ter incluído objetivamente na sua pauta de discussões a questão climática e do aquecimento global. “A emergência climática é tão grande que qualquer fórum é válido. Mas no caso da Rio+20, que é o maior evento desse tipo do século 21, estranhamente não incluiu objetivamente a questão climática e o aquecimento global”, ressaltou.
Para o deputado,e embora a sustentabilidade se mantenha sobre um tripé - ambiental, social e econômico – sem o ambiental os outros dois não existem. “O foco deve ser o clima e a diminuição de nossas emissões do aumento da temperatura do planeta e que as questões sociais com isso se agravem”, completou.
Sarney Filho defendeu que a conferência não pode ser concluída sem a definição de metas de desenvolvimento sustentável até 2030 e a renovação de compromissos que integrem crescimento econômico, proteção ambiental e inclusão social.