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Suécia pede formalmente ao Equador para interrogar Assange

A Suécia e o Equador assinaram em dezembro um acordo de cooperação judicial para permitir o avanço das investigações que têm ramificações nos dois países


	Julian Assange: ele é acusado por uma sueca de um estupro que teria sido cometido na região de Estocolmo em agosto de 2010
 (John Stillwell/AFP)

Julian Assange: ele é acusado por uma sueca de um estupro que teria sido cometido na região de Estocolmo em agosto de 2010 (John Stillwell/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 10h30.

A procuradoria sueca indicou nesta quarta-feira ter solicitado ao Equador permissão para interrogar em sua embaixada em Londres o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, sobre as acusações de estupro que pesam contra ele.

"A solicitação escrita foi enviada recentemente pelo ministério da Justiça à procuradoria equatoriana. Não podemos dizer quando a resposta chegará", anunciou a procuradoria em um comunicado.

A Suécia e o Equador assinaram em dezembro um acordo de cooperação judicial para permitir o avanço das investigações que têm ramificações nos dois países, mas sobretudo para permitir o interrogatório de Assange.

O australiano, de 44 anos, acusado por uma sueca de um estupro que teria sido cometido na região de Estocolmo em agosto de 2010, vive recluso na embaixada equatoriana de Londres desde junho de 2012.

Assange, alvo de uma ordem de prisão europeia, se recusa a voltar à Suécia por medo de ser extraditado aos Estados Unidos, onde é criticado pela publicação pelo WikiLeaks em 2010 de 500.000 documentos classificados sobre Iraque e Afeganistão, assim como 250.000 comunicações diplomáticas.

Depois de ter descartado um interrogatório em Londres, os juízes suecos aceitaram na primavera boreal de 2015 viajar à capital britânica para coletar um depoimento do fundador do WikiLeaks.

Mas o Equador rejeitou abrir as portas da embaixada, na ausência de um acordo bilateral.

Uma vez obtidas todas as autorizações, o interrogatório será realizado pela procuradora-geral Ingrid Isgren, em uma data ainda indeterminada.

Assange corria o risco até o fim de agosto de ser acusado de agressão sexual, mas esta acusação prescrevia cinco anos depois dos fatos.

No caso do estupro, a prescrição ocorrerá em 2002 se não for lançado até lá um procedimento penal.

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