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Suécia impede entrada a migrantes sem documentos

Desde a meia-noite, na estação dinamarquesa de Kastrup, no aeroporto de Copenhague, foram estabelecidos registros sistemáticos


	Suécia: a partir de agora, todos os viajantes a caminho da Suécia deverão apresentar um documento de identidade
 (Bjorn Lindgren / Reuters)

Suécia: a partir de agora, todos os viajantes a caminho da Suécia deverão apresentar um documento de identidade (Bjorn Lindgren / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2016 às 08h51.

A Suécia exigirá a partir desta segunda-feira um documento de identidade para cruzar, de trem ou carro, a ponte de Öresund, principal porta de entrada ao país para os refugiados, para tentar frear o fluxo de migrantes que chegam diariamente a sua fronteira.

Desde a meia-noite, na estação dinamarquesa de Kastrup, no aeroporto de Copenhague, de onde saem os trens para a Suécia, foram estabelecidos registros sistemáticos.

A partir de agora, todos os viajantes a caminho da Suécia deverão apresentar um documento de identidade (passaporte, carteira nacional de identidade ou carteira de motorista), uma medida que diz respeito também aos passageiros de trem que atravessam o Estreito de Öresund, informou o ministro de Imigração, Morgan Johansson.

A Suécia restabeleceu em 12 de novembro os controles em suas fronteiras, mas apenas em alguns pontos e de forma aleatória.

Mas os dispositivos, somados ao endurecimento das condições de estada no país, tiveram um efeito imediato, fazendo diminuir fortemente o número de chegadas desde meados de novembro.

A Suécia, onde há mais de 20% de residentes de origem estrangeira, recebeu até agora os refugiados de braços abertos.

Com 9,8 milhões de habitantes, o país escandinavo acolheu mais de 160.000 no último ano e espera outros 170.000 para 2016.

Os controles de identidade sistemáticos, no entanto, terão forte impacto nas comunicações entre a Suécia e a Dinamarca, em particular para as 8.600 pessoas que usam diariamente a ligação entre Copenhague e Malmö, terceira cidade sueca.

Também incidirão no tráfego ferroviário, com menos trens, e são esperados atrasos de 10 a 50 minutos em relação aos horários habituais.

As medidas também desagradaram a Dinamarca, que recebe apenas 18.000 pedidos de asilo por ano e teme que os migrantes rejeitados pela Suécia fiquem em seu território.

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