Mundo

Suécia fecha investigação contra Assange sobre crime sexual

MP afirma que foi impossível interrogar Assange, uma vez que ele fugiu de um mandado de prisão da Suécia e se refugiou na embaixada equatoriana em Londres


	O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde junho de 2012
 (Geoff Caddick/AFP)

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde junho de 2012 (Geoff Caddick/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2015 às 14h55.

Helsinque, Finlândia - O Ministério Público da Suécia decidiu nesta quinta-feira arquivar as investigações contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, de assédio sexual a mulheres suecas por causa dos casos terem sido prescritos, mas os promotores disseram que eles ainda querem interrogá-lo sobre as acusações de estupro feitas depois de sua visita a Estocolmo, há cinco anos.

Segundo o Ministério Público, foi impossível de interrogar Assange, de 44 anos, uma vez que ele fugiu de um mandado de prisão da Suécia, se refugiando na embaixada equatoriana em Londres em 2012.

A promotora Marianne Ny disse que ela tentou interrogá-lo desde o outono de 2010, mas que "ele consistentemente se recusou a aparecer" depois de deixar a Suécia. "Eu ainda espero, porém, que iremos interrogá-lo, diante das negociações em curso na Suécia e no Equador", afirmou.

De acordo com as leis na Suécia, as acusações não podem continuar sem que o suspeito seja ouvido. Os promotores tem até esta quinta-feira para ouvir Assange sobre uma acusação de abuso sexual e uma de coerção - outra acusação de abuso sexual que prescreve em 18 de agosto. A acusação de estupro, no entanto, não deverá prescrever antes de 2020.

Assange disse em Londres que estava "extremamente desapontado" com a decisão do Ministério Público. "Não há necessidade de nada disso. Eu sou um homem inocente", disse ele em uma

declaração, negando que ele tinha se recusado a falar com a promotora.

"Desde o início eu tenho oferecido soluções simples. Venham para a embaixada para tomar

a minha declaração ou prometam não me enviar para os Estados Unidos", disse Assange. A promotoria sueca recusou as duas propostas. 

Acompanhe tudo sobre:Assédio sexualEstuproWikiLeaks

Mais de Mundo

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA

À espera de Trump, um G20 dividido busca o diálogo no Rio de Janeiro

Milei chama vitória de Trump de 'maior retorno' da história

RFK Jr promete reformular FDA e sinaliza confronto com a indústria farmacêutica