Soldados de força de paz perto de Abyei: ONU alertou em maio deste ano que cerca de 160 mil pessoas precisam de ajuda humanitária na região (Stuart Price/AFP)
EFE
Publicado em 26 de agosto de 2017 às 15h58.
Juba - O primeiro-ministro sul-sudanês, Martin Elia Lomoro, disse neste sábado à Agencia Efe que a comunidade internacional precisa ajudar seu país a resolver o conflito territorial na região de Abyei, rica em petróleo e disputada por Sudão e Sudão do Sul desde a independência do segundo país em 2011.
"A questão de Abyei é uma responsabilidade da comunidade internacional, que tem que fazer mais esforços para ativar o processo de diálogo entre ambas as partes a fim de superar os pontos de discórdia de forma pacífica", afirmou Lomoro.
Por outro lado, o premiê sul-sudanês destacou o papel desempenhado pela comunidade internacional ao desdobrar forças de paz em Abyei para evitar choques devido à grande tensão entre os dois países.
A Força de Segurança Interina das Nações Unidas para Abyei (Unisfa) foi estabelecida em 2011 em resposta à violência em Abyei quando o Sudão do Sul se preparava para declarar sua independência do Sudão.
Os dois países concordaram em desmilitarizar a área e deixá-la sob a supervisão das tropas da Etiópia, que cederam praticamente todos os homens que servem na missão da ONU, além de realizar um referendo para determinar a qual país pertence Abyei.
Essa consulta deveria ter acontecido em 2011, junto à votação sobre a independência do Sudão do Sul, mas foi adiada pelas discrepâncias entre ambos os Estados.
A ONU alertou em maio deste ano que cerca de 160 mil pessoas precisam de ajuda humanitária na região.