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Sudão do Sul está "à beira de um abismo", diz Ban Ki-moon

Milhares de civis deixaram suas casas nas últimas semanas, muitos buscando proteção da ONU, por causa da violência armada que explodiu novamente neste mês


	Sudão do Sul: milhares de civis deixaram suas casas nas últimas semanas, muitos buscando proteção da ONU, por causa da violência armada que explodiu novamente neste mês
 (Anthony Nambwaya / Reuters)

Sudão do Sul: milhares de civis deixaram suas casas nas últimas semanas, muitos buscando proteção da ONU, por causa da violência armada que explodiu novamente neste mês (Anthony Nambwaya / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2016 às 14h04.

O secretário-geral da ONU, Ban ki-moon, advertiu nesta quinta-feira que o Sudão do Sul está "à beira de um abismo" e exigiu dos líderes do país compromisso com a paz.

"As promessas do novo Estado pela paz, justiça e oportunidades foram desperdiçadas", disse Ban em discurso perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O diplomata coreano se mostrou "indignado pela magnitude da violência sexual" no país e exigiu "a prestação de contas por todas as atrocidades" cometidas.

Ontem, a ONU anunciou que documentou pelo menos 120 casos de abusos sexuais durante a atual onda de violência em Juba e disse que está investigando acusações de que "boinas azuis" permitiram que soldados sul-sudaneses cometessem alguns desses crimes.

Milhares de civis deixaram suas casas nas últimas semanas, muitos buscando proteção da ONU, por causa da violência armada que explodiu novamente neste mês entre leais ao presidente do Sudão do Sul, Salvar Kir, e seguidores de seu oponente político, Riek Machar.

Em agosto de 2015, Kiir e o então vice-presidente Machar -agora em paradeiro desconhecido- assinaram um acordo de paz que, pelo menos sobre o papel, pôs fim a quase dois anos de guerra.

No entanto, entre 8 e 11 de julho, ocorreram duros combates entre unidades militares rivais em Juba e outras zonas do país, que deixaram pelo menos 300 mortos, segundo o governo, e o forçaram o deslocamento de mais de 36 mil pessoas, de acordo com dados da ONU.

O conflito entre ambos os grupos explodiu em dezembro de 2013, quando Kiir, da etnia dinka, denunciou uma suposta tentativa de golpe de Estado liderado por Machar, dos nuer.

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