Sudão do Sul: conflitos envolvem as comunidades locais na província de Malek (Dan Kitwood/Getty Images)
EFE
Publicado em 12 de dezembro de 2017 às 09h58.
Juba - O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, declarou nesta terça-feira o estado de emergência em três regiões do centro do país devido à escalada de enfrentamentos étnicos provocados pelo roubo de gado.
O decreto presidencial, emitido hoje pela emissora de televisão estatal, estabeleceu o estado de emergência nos estados de Gok, Lagos do Leste e Lagos do Oeste, além de ordenar que o exército seja o encarregado de desarmar os grupos beligerantes.
Este anúncio acontece após o reatamento de confrontos étnicos armados entre as comunidades locais na província de Malek (Lagos do Oeste) pelo roubo de vacas, o que causou a morte de 173 pessoas nos últimos dias.
No último dia 8 de dezembro, pelo menos 70 pessoas morreram e outras 100 ficaram feridas em choques armados pela propriedade de terras limítrofes entre dois clãs, que disputam pastos e terras de cultivo em Lagos do Oeste.
A guerra no Sudão do Sul explodiu em dezembro de 2013 entre as forças leais a Kiir, de etnia dinka, e seu ex-vice-presidente e líder da oposição, Riek Machar, da tribo nuer, e terminou se transformando em um conflito de tinturas étnicas.
Apesar de ambas partes terem assinado um acordo de paz em agosto de 2015, o conflito foi retomado em julho de 2016, deixando milhares de mortos e milhões de deslocados.