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Substituição de Raúl Castro não será "traumática", diz dirigente

Acredita-se que o atual primeiro vice-presidente, Miguel Díaz-Canel, de 56 anos, seja o novo chefe de Estado cubano

Raúl Castro: Cuba prepara um processo eleitoral que começa em outubro para delegados municipais e provinciais (Joe Raedle/Getty Images)

Raúl Castro: Cuba prepara um processo eleitoral que começa em outubro para delegados municipais e provinciais (Joe Raedle/Getty Images)

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AFP

Publicado em 24 de julho de 2017 às 17h45.

A saída de Raúl Castro da presidência de Cuba em fevereiro será "um processo natural", nada "traumático", para o qual "já estamos preparados", assegurou nesta segunda-feira um dirigente, no primeiro comentário oficial sobre o assunto.

"Não será um momento traumático porque todos já estamos preparados", disse José Luis Toledo, presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais e Jurídicos da Assembleia Nacional, ao site do governo Razones de Cuba.

Essa preparação "é um condicionamento político-ideológico da força revolucionária para um momento histórico que esse país vai viver, e já estamos preparados para a mudança", acrescentou.

Cuba prepara um processo eleitoral que começa em outubro para delegados municipais e provinciais, e que terminará em 24 de fevereiro com a eleição de uma nova Assembleia Nacional e de um novo Conselho de Estado, principal órgão Executivo da ilha, presidido por Raúl Castro desde 2008.

O próprio presidente, agora aos 86 anos, limitou a permanência em um cargo ao máximo de dois períodos de cinco anos, e anunciou a sua saída da presidência, embora siga ocupando a posição de primeiro secretário do Partido Comunista (único) até 2021.

Acredita-se que o atual primeiro vice-presidente, Miguel Díaz-Canel, de 56 anos, seja o novo chefe de Estado cubano.

"Nossa confiança no Partido, em sua direção, fará com que seja um processo muito importante para o país, mas um processo natural", acrescentou Toledo.

O presidente da Comissão descartou uma futura eleição presidencial direta em Cuba, dizendo que a lei estabelece que o presidente seja escolhido em eleições indiretas pelos deputados.

"Nosso sistema não é presidencialista, é um sistema de corte semi-parlamentar", por isso é o Conselho de Estado que toma colegiadamente as decisões, expressou.

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