Damasco - O subsecretário-geral para Operações de Paz da ONU, o francês Hervé Ladsous, chegou à Síria nesta terça-feira para avaliar em primeira mão o aumento nos combates entre as forças governamentais e os rebeldes.

Esta visita, a segunda realizada depois do mês de maio, ocorre quatro dias depois que o Conselho de Segurança da ONU conseguiu ampliar a missão de seus observadores na Síria (UNSMIS) por mais 30 dias.

Em entrevista à imprensa em um hotel de Damasco, Ladsous disse que sua visita tem por objetivo de ''avaliar a situação do país com toda equipe'' desdobrada na Síria, que conta com 300 observadores militares não armados e mais de 100 civis.

Segundo Ladsous, essa visita também será válida para introduzir o novo chefe da UNSMIS, o tenente-general senegalês Babacar Gaye, que chegará a Damasco esta noite para substituir o general norueguês Robert Mood.

O diplomata francês indicou que nos próximos três dias deverá realizar ''uma série de reuniões'' no país árabe, mas não entrou em detalhes e nem quis especificar quem serão seus interlocutores.

A missão dos observadores foi prorrogada por apenas 30 dias, exceto que ''haja avanços significativos dos níveis de violência e uso de armas pesadas'', lembrou Ladsous.

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No último dia 20 de julho, a ONU considerou que a situação em Damasco precisa melhorar para que a UNSMIS possa exercer seu mandato. Caso contrário, os observadores deverão iniciar sua retirada.

Com este novo prazo, o trabalho de mediação do enviado especial para a Síria da ONU e a Liga Árabe, Kofi Annan, e seu plano de paz para o país árabe ganham mais tempo para alcançar uma viável solução.

O plano de Annan, que entrou em vigor no dia 12 de abril e acabou sendo descumprido por ambas as partes, estipula a cessação das hostilidades, a retirada dos tanques das cidades, a libertação dos detidos de forma arbitrária e o início de um diálogo.

A chegada de Ladsous coincide com o aumento da violência na Síria, onde os bombardeios do regime contra os redutos opositores seguem intensos nas principais cidades do país, Damasco e Aleppo, assim como os confrontos entre Exército e rebeldes.