O submarino não tripulado Bluefin-21: é esperado que o minissubmarino mapeie parte do fundo marinho ( REUTERS/Australian Defence Force/Handout via Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2014 às 06h46.
Sydney - O submarino não tripulado Bluefin-21, que tem como tarefa rastrear o leito marinho de uma área do Oceano Índico nos trabalhos de busca do avião malaio desaparecido no dia 8 de março (dia 7 no Brasil) com 239 pessoas a bordo, finalizou ontem sua primeira missão completa depois de ter abortado as duas anteriores, informou nesta quinta-feira uma fonte oficial.
"Esta noite o Bluefin-21 completou a missão de busca e atualmente está sendo planejada a próxima missão", acrescentou em comunicado o Centro de Coordenação de Agências Conjuntas, órgão responsável pelas operações de busca no Oceano Índico.
As missões submarinas começaram na segunda-feira, no entanto, o equipamento abortou a primeira tentativa após ultrapassar o limite de profundidade para o qual está programado.
Além disso, os técnicos recolheram o minissubmarino autônomo em seu segundo trabalho para reparar um problema técnico.
"O Bluefin-21 rastreou aproximadamente 90 quilômetros quadrados até o momento, os dados da última missão estão sendo analisados", informou o órgão responsável pelas buscas.
É esperado que o minissubmarino mapeie parte do fundo marinho, a uma profundidade máxima de 4,5 mil metros, na busca pela caixa-preta e por destroços do avião de Malaysia Airlines.
As autoridades recolheram no domingo passado uma amostra de uma mancha de óleo para análise, que já chegou aos laboratórios da cidade australiana de Perth, no oeste do país, para determinar se pertence ou não à aeronave desaparecida há mais de cinco semanas.
Além disso, durante o dia de hoje, dez aviões militares, dois civis e 11 navios fazem uma varredura na área de buscas, que foi reduzida para 40.349 quilômetros quadrados, a 2.170 quilômetros ao noroeste de Perth, em missões de rastreamento visual para tentar encontrar partes da fuselagem do avião.
O voo MH370 da Malaysia Airlines saiu de Kuala Lumpur na madrugada do dia 8 de março (tarde do dia 7 no Brasil) com 239 pessoas e deveria chegar a Pequim seis horas mais tarde.
O avião desapareceu dos radares cerca de 40 minutos após a decolagem e mudou de rumo em uma "ação deliberada", segundo as autoridades malaias, atravessando o Estreito de Malaca e seguindo na direção contrária a de seu trajeto inicial.
Estavam a bordo da aeronave 153 chineses, 50 malaios, sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, um russo, um holandês, um taiwanês e dois iranianos que utilizaram os passaportes roubados de um italiano e um austríaco.