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Subchefe militar sul-sudanês renuncia e denuncia "limpeza étnica"

Segundo o subchefe, o governo viola de forma "premeditada" o acordo de paz assinado em agosto de 2015 com a oposição armada

Soldado com a bandeira do Sudão do Sul em Bentiu (Andreea Campeanu/Reuters)

Soldado com a bandeira do Sudão do Sul em Bentiu (Andreea Campeanu/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de fevereiro de 2017 às 13h28.

Juba - O subchefe de logística do Estado-Maior do Exército do Sudão do Sul, Thomas Cirilo, anunciou nesta segunda-feira sua renúncia ao cargo, e acusou o governo de cometer uma "limpeza étnica" e de violar de forma "premeditada" o acordo de paz assinado em agosto de 2015 com a oposição armada.

Em sua carta de renúncia, Cirilo acusou o presidente sul-sudanês, Salva Kiir, e o chefe de Estado-Maior, Paul Amlong Awan, de entorpecer "sistematicamente" a aplicação do acordo assinado com o ex-vice-presidente Riek Machar.

Cirilo acusou ambos de impor "uma agenda da tribo dinka para realizar políticas de limpeza étnica e de deslocamento de civis a fim de dominar o país".

O agora ex-alto comando disse que Kiir transformou o Exército em uma instituição "tribal" que tem como alvo os outros nacionais que não são da tribo dinka, à qual pertencem o presidente e o chefe de Estado-Maior, e concluiu que é "incapaz de continuar em uma instituição que destrói o país".

O Sudão do Sul está imerso na violência desde que em dezembro de 2013, dois anos após sua independência, Kiir denunciou uma tentativa de golpe de Estado liderado por Machar, da tribo nuer.

Embora ambos tenham alcançado um acordo de paz em agosto de 2015, a tensão voltou a explodir no país em julho e os combates continuaram desde então.

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