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Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2011 às 08h03.
Genebra - A situação econômica da Europa segue "muito preocupante", já que as consequências da crise estão "longe de se esgotar", advertiu nesta quarta-feira em Genebra o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn.
"Atualmente, as consequências da crise estão longe de se esgotar, a situação na Europa segue muito preocupante, e o futuro é mais incerto do que nunca", explicou Strauss-Kahn em uma intervenção pública na sede europeia da ONU.
O diretor-gerente do FMI chamou a "reconstruir tudo" o quanto antes.
Entretanto, Strauss-Kahn garantiu que o euro não está em perigo, embora a Eurozona possa ter um crescimento muito lento se não conquistar uma maior coordenação.
"Não acredito que o euro esteja em perigo", disse Strauss-Kahn.
"Por outro lado, acredito que se a Eurozona não se recuperar suficientemente rápido, pode ter períodos de crescimento muito lento e difícil, que pode ser evitado se sua governação melhorar", acrescentou.
Os líderes da União Europeia debateram nos últimos dias se deviam aumentar o tamanho de seu fundo de resgate para os países da Eurozona em apuros financeiros, dotado de 440 bilhões de euros.
Portugal, que como Grécia e Irlanda, ambos resgatados pela UE e pelo FMI, tem um elevado déficit público, é assinalado nos mercados como o próximo país que pode precisar de ajuda financeira externa.