Strauss-Kahn e a mulher decidiram processar jornais e revistas na França (Mario Tama/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2011 às 12h48.
Paris - Dominique Strauss-Kahn e sua esposa Anne Sinclair anunciaram nesta terça-feira que vão processar Henri Guaino, conselheiro do presidente francês Nicolas Sarkozy e vários meios de comunicação por sua cobertura, classificada de ultrajante, de um caso de proxenetismo no qual foi mencionado o nome do ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional.
Os advogados do casal vão processar as revistas L'Express, Nouvel Observateur, Paris Match e VSD e o jornal Le Figaro, além de Henri Guaino, conselheiro especial do presidente pelas declarações que fez a um canal de televisão.
Em meados de novembro, numa entrevista à rádio pública France Internacional, o advogado Henri Leclerc denunciou uma "campanha nauseabunda, proselitista, grotesca em nome da virtude executada por determinados jornalistas que preferem fazer uma campanha indecente".
Processado nos Estados Unidos em maio por tentativa de estupro de uma camareira em um hotel de Nova York, DSK foi mencionado nas últimas semanas em um caso de prostituição de luxo e fraude vinculado ao hotel Carlton de Lille.
Apesar da absolvição no caso americano em agosto, as ambições políticas de Strauss-Kahn, que há seis meses era o favorito à candidatura socialista para as eleições presidenciais francesas de 2012, foram pulverizadas com o escândalo.
Em outubro, a justiça francesa reconheceu um delito de agressão sexual denunciado pela escritora francesa Tristane Banon, mas arquivou o processo por prescrição, já que ocorreu em 2003.
Nos últimos dias, a imprensa francesa especulou sobre um possível divórcio de Strauss-Khan e Anne Sinclair.