Mundo

Strauss-Kahn fará no domingo primeira aparição televisionada após detenção

Kahn quer reconstruir uma relação com a opinião pública abalada por acusações de crimes sexuais

O político e economista francês responderá ao vivo às perguntas de Claire Chazal, na emissora TF1 (Getty Images)

O político e economista francês responderá ao vivo às perguntas de Claire Chazal, na emissora TF1 (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2011 às 07h22.

Paris - O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn falará pela primeira vez em público após seu retorno à França no próximo domingo, no telejornal de máxima audiência da emissora TF1.

A cadeia francesa terá Strauss-Kahn como o convidado especial de seu telejornal das 20h locais.

O político e economista francês responderá ao vivo às perguntas de Claire Chazal, apresentadora que pode ser a razão pela qual Strauss-Kahn aceitou este comparecimento, devido à amizade que a une à sua esposa, a jornalista aposentada Anne Sinclair.

O dia e o formato escolhidos para que o político francês se explique publicamente como foi objeto de especulação desde que um juiz nova-iorquino o liberou, no final de agosto, das acusações penais por abuso sexual e tentativa de estupro interpostas por uma camareira de um hotel de Nova York.

O vespertino Le Monde antecipou no início deste mês que a intenção de DSK (como o político é conhecido na França) é "reconstruir uma relação com a opinião pública que permita mostrar que ainda pode ser útil ao país", apesar de seus advogados lhe recomendarem que não dê detalhes do que aconteceu no hotel nova-iorquino.

Até o momento, suas únicas declarações aconteceram em 23 de agosto em Nova York, quando expressou seu alívio pelo fim do processo penal e o desejo de retornar à França.

"É o fim de um teste terrível e injusto. Me expressarei mais amplamente quando estiver novamente na França", disse DSK sobre o caso, que acabou com sua carreira no FMI e teve prejuízo irremediável às suas aspirações à Presidência, já que seu nome aparecia como o mais forte do bloco socialista para o pleito.

A ideia dos franceses mudou desde então, e as últimas pesquisas, feitas no fim de agosto, apontam que metade dos cidadãos ouvidos não quer que DSK "participe do debate político nos próximos meses".

Entre seus antigos companheiros de fileira, a cautela com a qual aguardaram o desenvolvimento do processo judicial deu lugar a uma distância mais ou menos velada.

Acompanhe tudo sobre:abuso-sexualCrimeEconomistasEuropaFrançaJustiçaPaíses ricosPolíticaStrauss-Kahn

Mais de Mundo

Príncipe Harry confessa que quer 'reconciliação' com o resto da família real

Chile anula alerta de tsunami na Antártida, mas mantém precaução em Magallanes

Hamas expressa disposição para libertar reféns, mas acusa Netanyahu de prolongar guerra

Venezuela rejeita ordem da CIJ de suspender eleições em área disputada com Guiana