Strauss-Kahn disse que "o pior não passou" e ainda falta muito a ser feito na Grécia (Arquivo/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2010 às 12h48.
Atenas - O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, afirmou nesta terça-feira em Atenas que a Grécia precisará ampliar o prazo da devolução do empréstimo de 110 bilhões de euros concedidos pelo FMI e a União Europeia.
"Vimos que havia problemas com o prazo do pagamento do empréstimo e os sócios na União Europeia se deram conta disso", justificou Strauss-Kahn em declarações em Atenas.
A Grécia teria de começar a devolver o dinheiro em 2014, embora confie em que os membros comunitários ampliem até 2024 o prazo para pagar o crédito e dar tempo assim a que se recupere a maltratada economia helena.
"De nossa parte (o FMI) está tudo pronto para fazê-lo, agora vamos ver com os demais (europeus) para saber como faremos", disse o economista francês com relação à ampliação do prazo.
Strauss-Kahn reuniu-se nesta terça-feira com o primeiro-ministro grego, o socialista Giorgos Papandreou, para tratar do plano de ajuda à Grécia, acertado entre FMI e UE em troca de ajuda para evitar a quebra do país.
O alto executivo do FMI advertiu que "o pior não passou" e garantiu que "ainda resta muito por fazer".
Papandreou esteve de acordo com Strauss-Kahn e declarou que a recuperação da Grécia "é um caminho difícil" no qual o país terá de seguir "um programa".
Acrescentou que "a perspectiva para a extensão do pagamento é um exemplo de confiança de nossos esforços" e explicou que aguarda que a Comissão Europeia dê sinal verde em janeiro.
Strauss-Kahn declarou que "pessoalmente, e também o resto do mundo, está impressionado com os esforços feitos pela Grécia" e pelo fato de o Governo ter assumido "medidas de grande importância".