Mundo

Strauss-Kahn deve ser ouvido em julgamento por cafetinagem

O ex-diretor do FMI compareceu hoje, em Lille, no Norte da França, ao primeiro dia de seu julgamento


	Strauss-Kahn: o ex-diretor do FMI é acusado de fazer parte de uma rede de prostituição montada por um grupo de amigos
 (REUTERS/Gonzalo Fuentes)

Strauss-Kahn: o ex-diretor do FMI é acusado de fazer parte de uma rede de prostituição montada por um grupo de amigos (REUTERS/Gonzalo Fuentes)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 19h35.

Copenhague - O ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, que chegou a ser cotado para a presidência da França, em 2011, compareceu hoje (2), em Lille, no Norte da França, ao primeiro dia de seu julgamento.

Ele é acusado, junto com outras 13 pessoas, de "proxenetismo com agravante em grupo organizado". Proxenetismo é o ato de obter benefícios econômicos da prostituição de outras pessoas. O proxeneta é popularmente conhecido, no Brasil, como cafetão.

Strauss-Kahn chegou ao tribunal no início da tarde, acompanhado de seus três advogados de defesa. Ele deve ser ouvido na próxima semana, e a previsão é que o julgamento se estenda por todo o mês.

O ex-diretor do FMI é acusado de fazer parte de uma rede de prostituição montada por um grupo de amigos. Entre os réus estão empresários, um advogado, um policial e o dono de uma boate de sexo na Bélgica.

Eles teriam participado de festas com prostitutas aliciadas mediante pagamento.

Os advogados de defesa de Strauss-Kahn afirmam que ele era adepto das orgias sexuais, mas não sabia que se tratava de prostitutas. O juiz que instruiu o processo concluiu que não havia elementos suficientes para indiciar o acusado, mas a procuradoria decidiu avançar com o julgamento. Se houver condenação, as penas podem chegar a dez anos de prisão e multas equivalentes a R$ 4,5 milhões.

David Lepidi, advogado do Grupo de Ação contra o Proxenetismo, organização não governamental que luta contra a exploração de prostitutas, acha que o julgamento é justo.

“Não somos uma associação contra Dominique Strauss-Kahn, lutamos contra todas as formas de exploração da prostituição. Se, ao final dos debates, os elementos mostrarem que há razões para uma condenação, então a justiça será feita”, declarou.

O caso ficou conhecido como o caso Carlton, em referência ao Hotel Carlton, em Lille, que fez parte das investigações policiais em 2011, quando a rede de prostituição foi descoberta.

Antes disso, Strauss-Kahn foi detido nos Estados Unidos por suspeita de agredir sexualmente uma empregada de um hotel em Nova York.

Acompanhe tudo sobre:abuso-sexualCrimeEconomistasFMIJustiçaStrauss-Kahn

Mais de Mundo

Avião com 64 pessoas e helicóptero militar dos EUA colidem no ar em Washington, D.C

Trump diz que enviará imigrantes para prisão em Guantánamo

'Não sou antivacina', diz Robert Kennedy Jr. no Senado americano

Governo Trump desiste de corte de repasses que barrou ao menos US$ 1 trilhão em recursos