Mundo

STF espera mais ações da oposição no governo Dilma

Na Câmara, os deputados aliados a Dilma ocuparão aproximadamente 70% das cadeiras; no Senado, 60% das vagas serão dos governistas

Plenário do STF pode se tornar a última trincheira da oposição (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

Plenário do STF pode se tornar a última trincheira da oposição (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2010 às 10h31.

Brasília - A base de sustentação do governo da presidente eleita, Dilma Rousseff, no Congresso poderá transformar o Supremo Tribunal Federal (STF) na última trincheira da oposição. O fenômeno de recorrer à Corte em razão de uma derrota não é novo. Foi inaugurado como tendência pelo PT, mas agora, de acordo com ministros, será potencializado em razão do resultado das urnas.

Na Câmara, os deputados aliados a Dilma ocuparão aproximadamente 70% das cadeiras. No Senado, 60% das vagas serão dos governistas. Com essa base, Dilma terá apoio suficiente para aprovar com certa folga, inclusive, propostas de emenda à Constituição (PECs) - o que exige três quintos dos votos para a aprovação.

Sem espaço e com poucas chances de impor derrotas ao governo no Congresso, PSDB e DEM devem recorrer com mais frequência ao Supremo. A expectativa de ministros do STF é de que o tribunal seja levado pela oposição a aumentar seu protagonismo na discussão das políticas públicas do governo.

Novo ministro

O fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter deixado para depois das eleições a escolha do 11.º ministro, que ocupará a vaga aberta com a aposentadoria de Eros Grau, pode ajudar Dilma Rousseff. Ela será ouvida antes da escolha do novo integrante do STF. O novo ministro, de alguma forma, chegará ao tribunal também pelas mãos da nova presidente.

Acompanhe tudo sobre:Governo DilmaJustiçaOposição políticaPolítica

Mais de Mundo

Trump cancela viagem de refugiados já aprovados para reassentamento nos EUA

Argentina poderia deixar Mercosul para concretizar acordo com EUA, diz Milei

Trump dá 100 dias para acabar com guerra na Ucrânia; Zelensky pede 200 mil soldados de paz

Dingdong Maicai lança rua virtual de produtos festivos para o Ano Novo