Campo de gás de Amenas, na Argélia, é visto através de imagem de satélite: situada perto da fronteira com a Líbia, a planta é operada pela British Petroleum, a Sonatrach e a Statoil (REUTERS/DigitalGlobe)
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2013 às 05h36.
Copenhague - A petrolífera norueguesa Statoil anunciou o resgate de um de seus empregados durante a madrugada desta sexta-feira na planta de gás argelina de Amenas, e agora nove dos 17 trabalhadores da empresa estão a salvo, após o ataque de um grupo de fundamentalistas islâmicos.
"A situação dos oito empregados restantes é incerta", assinalou a Statoil em comunicado, no qual destaca que o trabalhador resgatado durante a noite "está recebendo tratamento médico no hospital de Amenas".
Na nota, a empresa informa que "outros três colegas argelinos que foram postos a salvo na noite passada foram transferidos de Amenas à capital, Argel".
O comunicado aponta ainda que um primeiro avião procedente da Argélia aterrissou ontem à noite em Londres com 22 empregados da Statoil. Outras duas aeronaves com 18 funcionários da companhia pousaram também à noite no aeroporto espanhol de Palma de Mallorca.
Um quarto avião voará hoje à Argélia para repatriar mais empregados da Statoil e de outras companhias que se encontram no país norte-africano.
O primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, admitiu ontem à noite que a situação na planta de exploração de gás tomada por um grupo terrorista é "muito confusa" após o ataque das forças governamentais e disse desconhecer se os nove noruegueses que estavam ali seguem vivos.
"Não temos nenhuma informação confirmada sobre o que ocorreu com os noruegueses", disse em entrevista coletiva, antes de ressaltar que há "muitas e contraditórias informações".
A planta de exploração de gás de Amenas, situada perto da fronteira com a Líbia, é operada pela britânica British Petroleum (BP), a argelina Sonatrach e a norueguesa Statoil.
A agência oficial argelina "APS" informou que o Exército da Argélia libertou ontem cerca de 600 trabalhadores argelinos sequestrados e várias dezenas de cidadãos estrangeiros, mas não deu detalhes sobre as circunstâncias.