Sede da norueguesa Statoil em Stavanger: militantes islâmicos atacaram um campo de gás na Argélia na quarta-feira, sequestrado estrangeiros (REUTERS / Kent Skibstad)
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2013 às 06h49.
Copenhague - O presidente da Statoil, Helge Lund, disse nesta quinta-feira que entre os sequestrados em sua planta de gás na Argélia há nove noruegueses e outros três empregados de diferentes nacionalidades, mas desconhece o número exato de pessoas capturadas ontem por um grupo terrorista islâmico.
Desta forma, Lund reduziu o número de sequestrados do país escandinavo, já que o primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, anunciara ontem à noite que 13 cidadãos do seu país haviam sido capturados.
"A situação na Argélia esta noite é séria e muito pouco clara", disse Stoltenberg em um comparecimento ao lado do ministro das Relações Exteriores, Espen Barth Eide, transmitido pela televisão pública "NRK".
O presidente do consórcio petrolífero norueguês anunciou também o fechamento de sua planta de gás na cidade argelina de Anemas.
A Noruega convocou um gabinete de crise e enviou uma equipe das Relações Exteriores para ajudar sua Embaixada em Argel, além de manter um contato contínuo com a Statoil, as autoridades argelinas e as de outros países afetados pelo sequestro.
Segundo a agência oficial argelina, o grupo armado sequestrou cerca de 20 trabalhadores de nacionalidades norueguesa, britânica, americana, francesa e japonesa.
No ataque à planta, situada na província de Ilizi, fronteiriça com a Líbia, morreram duas pessoas, uma delas britânica, e outras seis pessoas ficaram feridas.
A agência assegurou que os assaltantes, que chegaram ao local em três veículos 4x4, ainda estão nas instalações e libertaram aos poucos os trabalhadores argelinos.
Um grupo radical próximo à Al Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) e dirigido pelo argelino Mojtar Belmojtar assumiu a autoria do ataque, assegurando ter em seu poder 41 reféns ocidentais, sete deles americanos.
Segundo Belmojtar, autoproclamado emir da "Brigada dos Mascarados", o ataque ocorreu em resposta à ingerência da Argélia e à abertura do seu espaço aéreo à aviação francesa para bombardear o norte do Mali, controlado por grupos armados salafistas desde junho.