Bancos e mesas feitos de madeira plástica: para a produçao de 500 unidades do mobiliário urbano verde foram utilzados 13,5 toneladas de resíduos plásticos. (Divulgação/ Braskem)
Vanessa Barbosa
Publicado em 20 de janeiro de 2011 às 16h30.
São Paulo - Uma cidade 'mobiliada' a partir do próprio lixo. É assim que São Paulo vai ficar, neste sábado, 22, ao receber 500 unidades de móveis feitos a partir de resíduos plásticos reciclados. Bancos, jardineiras e lixeiras serão distribuídas pelos redutos verdes paulistanos, numa homenagem da petroquímica Braskem pelo aniversário da cidade, comemorado na terça, 25.
Entre os parques que devem receber o mobiliário verde, estão o Anhanguera, Benemérito Brás, Parque do Trote (Vila Guilherme), Trianon, Zilda Natel, Parque da Luz, entre outros. De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambienta, cada um deles receberá uma quantia diferente de mobiliário, dependendo do tamanho e das necessidades específicas.
A entrega da mobília, que acontece no Parque da Ciência, na Cidade Tiradentes, é a etapa final de uma campanha da empresa que arrecadou 13,5 toneladas de resíduos plásticos na cidade entre os dias 4 e 28 de novembro do ano passado, em uma parceria com a Prefeitura de São Paulo e a Plastivida. Toda a mágica da transformação do lixo em mobília ficou à cargo da empresa gaúcha Plásticos Suzuki
Do lixo à madeira
Garrafas pet, sacos plásticos, embalagens de xampu e de óleo lubrificante. Não faltam resíduos plásticos nos lixões da cidade com potencial para se tranformar em madeira sintética. O processo de fabricação começa com a separação dos vários tipos de resíduo plástico. O material é então moído, lavado e seco.
Depois de derretido, moldado e resfriado, está pronto para uso. É possível fabricar diferentes madeiras plásticas, inclusive com tonalidades próximas às de madeira natural. Tudo depende da utilização que se dará ao produto. Outra característica da madeira plástica é a sua durabilidade, de até cinco décadas. Além disso, pode ser reciclada.