O dirigente russo destacou que mais da metade dos 14 acusados não têm qualquer relação com o comitê executivo da Fifa (Fabrice Coffrini/AFP)
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2015 às 14h32.
Moscou - O presidente honorário da União de Futebol da Rússia (UFR), Viacheslav Koloskov, afirmou nesta quarta-feira que só dois dos sete dirigentes da Fifa presos por envolvimento em um escândalo de corrupção na entidade participaram da escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.
"Só votaram Jack Warner, provavelmente nos Estados Unidos, e o Nicolás Leoz, que certamente optou por Espanha e Portugal", disse Koloskov à agência oficial "RIA Novosti".
O dirigente destacou que mais da metade dos 14 acusados não têm qualquer relação com o comitê executivo da Fifa, já que Leoz deixou a cúpula da entidade há três anos, assim como o próprio Warner.
"José Maria Marin (ex-presidente da CBF) acaba de ser nomeado e Jeffrey Webb também. Nenhum dos dois votou nas eleições dos Mundiais de 2018 e 2022", acrescentou Koloskov.
O ministro de Esportes da Rússia, Vitali Mutko, também reforçou que os indiciados não tiveram qualquer relação com o processo de escolha das sedes do Mundial.
Tanto Mutko, como o chefe do comitê organizador Rússia 2018, Alexei Sorokin, estão no hotel de Zurique no qual foram detidos os dirigentes da Fifa. Ambos negaram terem sido convocados a prestar depoimento às autoridades suíças.
A Rússia descartou hoje a possibilidade de não sediar a Copa do Mundo devido às denúncias feitas pelo FBI e o Ministério Público da Suíça, que investigam denúncias de lavagem de dinheiro durante o processo de escolha das sedes de 2018 e 2022.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, sempre negou qualquer tipo de irregularidade em ambas as escolhas, defendeu a Rússia como sede do Mundial e recomendou que políticos ocidentais que ameaçaram boicotar o torneio ficassem em casa.