Prostesto em Beirute, no Líbano: crise foi deflagrada com o fechamento do aterro de Naameh, na periferia de Beirute, em meados de julho, que era o principal do país (Reuters / Mohamed Azakir)
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2015 às 13h49.
O plano aprovado pelo governo libanês para acabar com a crise do lixo, que provocou importantes manifestações anticorrupção, está sendo alvo de críticas dentro da socidade civil.
O ministro libanês da Agricultura, Akram Shehayeb, anunciou na noite de quarta-feira um acordo que aprova a concessão da responsabilidade pela gestão do lixo para as prefeituras, além da abertura de dois novos aterros no país.
A crise foi deflagrada com o fechamento do aterro de Naameh, na periferia de Beirute, em meados de julho. Este era o principal aterro do Líbano.
Shehayeb acrescentou que o aterro de Naameh será reaberto por uma semana apenas para receber o lixo que se acumulou em Beirute e nos arredores.
A proposta levantou nova polêmica, já que moradores que vivem perto do local garantiram que não vão aceitar sua reabertura.
A revolta social resultante da crise do lixo ganhou matizes políticos em um país, no qual a presidência da República se encontra vaga há mais de um ano e um governo minado pelas divisões internas mal consegue tomar decisões.
Além disso, na ausência de eleições desde 2009, o Parlamento já prorrogou duas vezes seu próprio mandato.
As medidas implementadas incluem também a reabilitação de outros lixões, que estão situados em Masnaa (leste), perto da fronteira com a Síria, onde os habitantes já lançaram uma campanha contra o projeto.
Mais cedo na quarta, depois de quase três horas de reunião, representantes de diferentes correntes políticas anunciaram que farão um novo encontro para dialogar em 16 de setembro.