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Soldado americano é preso acusado de tentar ajudar o EI

Segundo o FBI, o soldado teria tentado fornecer documentos militares aos extremistas

Estado Islâmico: o soldado foi acusado de fornecer material de apoio ao EI (foto/AFP)

Estado Islâmico: o soldado foi acusado de fornecer material de apoio ao EI (foto/AFP)

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AFP

Publicado em 11 de julho de 2017 às 11h35.

Última atualização em 11 de julho de 2017 às 11h35.

Um soldado americano baseado no Havaí foi preso sob a acusação de ter jurado lealdade ao grupo Estado Islâmico (EI) e de ter tentado fornecer documentos e vídeos de treinamento aos extremistas, informou o FBI.

Ikaika Kang, de 34 anos, foi preso no sábado depois de ter jurado fidelidade ao líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, na presença de um agente infiltrado, de acordo com um documento apresentado pelo FBI à justiça.

"O FBI acredita que Kang era um ator solitário e não estava associado a outras pessoas que representem uma ameaça para o Havaí", declarou a polícia federal na segunda-feira.

O comportamento de Kang levantava suspeitas há anos, acrescentou.

"Ele foi repreendido várias vezes por ameaçar ferir ou matar outros membros do serviço e por expor opiniões pró-EI no âmbito do seu trabalho", aponta o comunicado.

"Devido a estas atitudes e ameaças, a autorização de segurança de Kang foi revogada em 2012, mas lhe foi restituída no ano seguinte após Kang cumprir os requisitos militares derivados da investigação", acrescenta.

Atualmente, Kang trabalhava como operador de tráfego aéreo. Ele serviu um ano no Iraque em 2010-2011 e nove meses no Afeganistão em 2013-2014, de acordo com o Pentágono.

O soldado declarou a um informante confidencial que o homem que matou 49 pessoas na boate Pulse de Orlando no ano passado "fez o que deveria ter feito e, em seguida, disse que os Estados Unidos eram a única organização terrorista do mundo", aponta o documento do FBI.

Kang também afirmou ao informante que "Hitler estava certo, dizendo acreditar no assassinato em massa de judeus."

Depois de jurar lealdade ao EI, Kang disse à fonte confidencial que queria matar "um monte de gente".

O militar possuía um fuzil AR-15 e uma pistola calibre .40, e havia recebido intenso treinamento em combate, segundo o FBI.

Kang teria ainda entregue documentos militares a pessoas que deveriam repassá-los ao grupo EI. Também fez vídeos de treinamento para o grupo e ajudou a comprar um drone, que disse que os jihadistas poderiam usar para observar os movimentos de tanques americanos.

O soldado foi acusado de fornecer material de apoio ao EI.

"Kang esteve sob investigação pelo Exército dos Estados Unidos e pelo FBI por mais de um ano", indicou o agente especial encarregado do caso, Paul Delacourt, em um comunicado.

O advogado de defesa, Birney Bervar, afirmou à rede News Now que Kang poderia sofrer transtornos mentais relacionados ao seu serviço no Iraque e no Afeganistão e "que o governo estava consciente, mas não lidou com eles."

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