Mundo

“Sol artificial” da China alcança avanço crucial para reator de fusão

Reator alcançou uma operação de plasma de alto confinamento em estado estável por 403 segundos

 (Xinhua/Divulgação)

(Xinhua/Divulgação)

China2Brazil
China2Brazil

Agência

Publicado em 14 de abril de 2023 às 09h01.

O tokamak supercondutor experimental avançado (EAST), apelidado de “sol artificial” chinês, alcançou uma operação de plasma de alto confinamento em estado estável por 403 segundos, dando um passo crucial rumo ao desenvolvimento de um reator de fusão.

O avanço, que exigiu mais de 120.000 tentativas, melhorou significativamente o recorde mundial anterior, estabelecido pelo próprio EAST em 2017, de 101 segundos.

O objetivo final do EAST, sediado no Instituto de Física de Plasma da Academia Chinesa de Ciências (ASIPP, na sigla em inglês), em Hefei, é criar fusão nuclear como a do sol, usando substâncias abundantes no mar para fornecer uma fonte contínua de energia limpa.

Em uma entrevista exclusiva à Xinhua, Song Yuntao, diretor do ASIPP, explicou que o principal significado desse avanço está no modo de alto confinamento. A operação de plasma de alto confinamento aumentou significativamente a temperatura e a densidade de partículas, o que estabelece uma base sólida para melhorar a eficiência de geração de energia das futuras usinas de energia de fusão e reduzir os custos.

Energia ilimitada

Ao contrário dos combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural, que têm recursos limitados e impactos ambientais negativos, o “sol artificial” chinês usa matérias-primas quase ilimitadas na Terra. A energia de fusão é considerada mais segura e limpa, e é vista como a “energia definitiva” ideal para o futuro da humanidade.

Desde o seu lançamento em 2006, o EAST, que foi projetado e desenvolvido pela China, tem sido uma plataforma de teste aberta para cientistas chineses e internacionais conduzirem experimentos e pesquisas relacionados à fusão. Atualmente, o projeto de engenharia para o Reator de Teste de Engenharia de Fusão da China (CFETR, na sigla em inglês ), considerado o “sol artificial” de próxima geração, foi concluído, com o objetivo de construir o primeiro reator de demonstração de fusão do mundo.

Tradução: Mei Zhen Li
Fonte: Diário do Povo

Acompanhe tudo sobre:ChinaEnergiaTecnologias limpas

Mais de Mundo

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'

Coreia do Norte interfere em sinais de GPS e perturba transporte aéreo e marítimo do Sul

Brasil está confiante de que Trump respeitará acordos firmados na cúpula do G20