É esperado um veredito no julgamento de Berlusconi no mês, num possível problema para a coalizão do primeiro ministro Enrico Letta, que depende do apoio de Berlusconi para sobreviver (Remo Casilli/Reuters)
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2013 às 16h20.
Milão - Promotores italianos acusaram dois associados do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi de recrutar Karima El Mahroug, conhecida como "Ruby, a ladra de corações", para prostituição com o ex-premiê, mesmo sabendo que ela era menor de idade.
Emilio Fede, um antigo ancora no império midiático de Berlusconi, e o apresentador Lele Mora são "sócios e cúmplices" em um esquema organizado, no qual mulheres recebiam dinheiro ou presentes para atender aos envolvidos, disse o procurador Antonio Sangermano em audiência em Milão.
Fede e Mora, junto com Nicole Minetti, enfrentam acusações de contratar El Mahroug, em um caso que corre em paralelo ao julgamento de Berlusconi sob acusações de pagar por sexo e por abuso de seu poder como primeiro-ministro.
Os três negam as acusações.
El Mahroug, ex-dançarina, negou ser prostituta ou ter tido relações sexuais com Berlusconi, apesar de afirmar ter participado de festas na casa do ex-primeiro-ministro e receber milhares de euros em dinheiro.
É esperado um veredito no julgamento de Berlusconi no mês, num possível problema para a coalizão do primeiro ministro Enrico Letta, que depende do apoio de Berlusconi para sobreviver.