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Social-democratas vencem eleições legislativas na Islândia

Diante da inflação persistente e dos juros elevados – o poder aquisitivo, habitação e saúde constituíam as principais preocupações dos 268 mil eleitores, segundo pesquisas

A Aliança Social-Democrata, liderada por Kristrun Frostadottir, obteve 20,8% dos votos no pleito realizado neste sábado (AFP - Agence France-Presse/Divulgação)

A Aliança Social-Democrata, liderada por Kristrun Frostadottir, obteve 20,8% dos votos no pleito realizado neste sábado (AFP - Agence France-Presse/Divulgação)

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Publicado em 1 de dezembro de 2024 às 16h22.

Última atualização em 1 de dezembro de 2024 às 16h23.

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Os social-democratas da Islândia superaram o partido da Independência do primeiro-ministro Bjarni Benediktsson nas eleições legislativas antecipadas, convocadas após o rompimento da aliança governamental de centro-direita, segundo a emissora pública RUV anunciou neste domingo, 1.

Diante da inflação persistente e dos juros elevados – o poder aquisitivo, habitação e saúde constituíam as principais preocupações dos 268 mil eleitores, segundo as pesquisas.

A Aliança Social-Democrata, liderada por Kristrun Frostadottir, obteve 20,8% dos votos no pleito realizado neste sábado, enquanto o partido conservador do primeiro-ministro, que governava até agora em coalizão, ficou com 19,4%. Em terceiro lugar está o Reforma Liberal, com 15,8% dos votos, segundo a RUV.

Nas últimas eleições, a Aliança Social-Democrata obteve cerca de 10% dos votos.

"Constatamos que as pessoas querem ver mudanças no panorama político", diz à AFP Kristrun Frostadottir na noite de sábado, quando os primeiros resultados começaram a ser divulgados.

Desde a crise financeira de 2008, que atingiu com força os bancos islandeses, sobre-endividados, poucos partidos saem ilesos de sua passagem pelo poder na Islândia.

"Nos últimos 15 anos, os eleitores islandeses têm sido extremamente críticos com seus governos e votaram contra a situação em todas as eleições, com a exceção de uma", conta Olafur Hardarson, professor de Ciência Política na Universidade da Islândia.

O primeiro-ministro demissionário, Bjarni Benediktsson, anunciou em meados de outubro a renúncia de seu gabinete, composto por seu partido, pelo movimento Esquerda-Verdes e pelo Partido do Progresso (centro-direita), devido a discrepâncias em temas como política externa, política energética e imigração.

Com 2,3% dos votos, o movimento Esquerda-Verdes não conseguiu superar o limite necessário de 5% para se obter uma cadeira no Parlamento. O Partido do Progresso também perdeu votos em comparação com o pleito de 2021, passando de 17,3% para 7,8%.

Dado que na Islândia não existe uma cultura de governo minoritário, os partidos devem formar uma coalizão para governar, indicou Eirikur Bergmann, professor de Política na Universidade de Bifrost.

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