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Sociais-democratas fazem suspense sobre coalizão com Merkel

O candidato social-democrata à chancelaria alemã, Peer Steinbrück, disse que não formalizará automaticamente uma grande coalizão com Angela Merkel


	Peer Steinbrück, expoente do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD): "já disse ontem: a bola está com a senhora Merkel"
 (Carsten Koall/Getty Images)

Peer Steinbrück, expoente do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD): "já disse ontem: a bola está com a senhora Merkel" (Carsten Koall/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 12h56.

Berlim - O candidato social-democrata à chancelaria alemã, Peer Steinbrück, disse nesta segunda-feira que não formalizará automaticamente uma grande coalizão com Angela Merkel e que toda decisão passa por uma negociação sobre "conteúdos" e "objetivos".

"Já disse ontem: a bola está com a senhora Merkel", declarou Steinbrück em entrevista coletiva. A atual chanceler e líder da União Democrata-Cristã (CDU) venceu as eleições gerais alemãs com 41,5% dos votos, mas precisa buscar um parceiro para compor uma coalizão de governo.

O SPD não tem "nenhuma pressa" em decidir sobre este assunto e não recebeu "nenhum mandato" do eleitor para tentar formar um governo, explicou Steinbrück, que não apontou quais seriam os objetivos prioritários de seu governo em uma possível negociação.

O líder do SPD, Sigmar Gabriel, afirmou que já recebeu uma ligação de Merkel para conversar. O político também frisou a ausência de "automatismos" para se formar uma coalizão e explicou que o próximo passo será a realização na sexta-feira da convenção do partido.

No encontro será abordada a possibilidade dessa grande coalizão, explicou Gabriel. Ambos representantes da primeira força da oposição rejeitaram especificar quais seriam as condições para participar de um governo com Merkel.

O desastre sem precedentes do atual membro de governo, o Partido Liberal (FDP), que ficou de fora do Parlamento, obriga a chanceler a buscar um novo aliado para formar um Executivo estável.

"Nós não queremos ser as próximas vítimas de Merkel", disse Steinbrück em referência à derrota dos liberais, que se tornaram sócios da chanceler em 2009, quando conquistaram 14,6% dos votos. 

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