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Sobrinhos de Maduro são condenados nos EUA a 18 anos de prisão

Os dois venezuelanos tinham sido declarados culpados em 2016 de conspirar para importar e distribuir nos EUA 800 quilos de cocaína

Maduro: os dois venezuelanos foram detidos no Haiti em 10 de novembro de 2015 (Miraflores Palace/Reuters)

Maduro: os dois venezuelanos foram detidos no Haiti em 10 de novembro de 2015 (Miraflores Palace/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de dezembro de 2017 às 21h06.

Nova York - A Justiça dos Estados Unidos condenou nesta quinta-feira dois sobrinhos do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a 18 anos de prisão por tráfico de drogas

A sentença contra Efraín Antonio Campo Flores e Franqui Francisco Flores de Freitas, que já estão detidos no país desde o fim de 2015, foi anunciada em audiência em um tribunal federal de Nova York.

Os dois venezuelanos tinham sido declarados culpados no dia 18 de novembro de 2016 de conspirar para importar e distribuir nos EUA 800 quilos de cocaína.

Campo Flores, de 32 anos, e Flores de Freitas, de 31 anos, são sobrinhos de Cilia Flores, esposa de Maduro, sendo que o primeiro foi criado pelo casal.

A sentença foi imposta pelo juiz Paul Crotty em uma sala lotada do tribunal federal para o distrito sul de Nova York, onde os primos estiveram acompanhados de seus advogados.

A promotoria federal tinha pedido ao juiz para que impusesse uma sentença não inferior a 30 anos de prisão para os venezuelanos e multas de US$ 50 mil a US$ 10 milhões.

Os dois venezuelanos foram detidos no Haiti em 10 de novembro de 2015 por agentes da Agência Antidrogas americana (DEA) e trazidos aos Estados Unidos para serem julgados.

Ambos tinham viajado ao Haiti em um avião privado e com passaporte diplomático para finalizar detalhes com seu contato no país para mandar a cocaína da Venezuela para Honduras e, de lá, para os Estados Unidos.

No início, a defesa questionou a forma como os dois foram entregues às autoridades americanas, alegando que tiveram seus direitos violados. Eles estavam presos em uma penitenciária federal de Manhattan, perto da sede do tribunal, a mesma onde está o narcotraficante mexicano Joaquín 'El Chapo' Guzmán.

Durante o julgamento, a Promotoria apresentou fotos das reuniões que os então acusados tiveram em Honduras e Venezuela com dois informantes da DEA, pai e filho.

Segundo as autoridades, os venezuelanos tinham conspirado para transportar cocaína para os Estados Unidos. Os primeiros contatos com os informantes da DEA aconteceram em outubro de 2015.

A Promotoria também apresentou gravações das conversas que os informantes tiveram nos encontros com Campo Flores e Flores de Freitas, que revelaram que eles usariam o hangar presidencial no aeroporto Simón Bolívar, na Venezuela, para embarcar a droga.

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