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Sobrinha da "Rasputina" coreana admite chantagem a Samsung

Chang Si-ho e Choi Soon-sil são acusadas de terem extorquido a Samsung para que doasse mais de US$ 1 milhão a um centro dirigido por Chang

Chang Si-ho: sobrinha da "Rasputina" também admitiu ter desviado dinheiro de centro (Kim Min-Hee/Reuters)

Chang Si-ho: sobrinha da "Rasputina" também admitiu ter desviado dinheiro de centro (Kim Min-Hee/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 07h07.

Seul - A sobrinha de Choi Soon-sil, conhecida como "Rasputina" e principal protagonista do escândalo de corrupção que atingiu a Coreia do Sul, admitiu nesta terça-feira no tribunal que julga o caso ter cooperado com sua tia para chantagear o Grupo Samsung.

Chang Si-ho e Choi Soon-sil são acusadas de terem extorquido a Samsung para que doasse mais de 1,6 bilhões de wons (US$ 1,35 milhões) ao Centro de Elite de Esportes de Inverno, que a própria Chang dirigia.

A sobrinha de Choi admitiu hoje diante do Tribunal do Distrito Central de Seul essas acusações e também de ter desviado dinheiro do centro.

Sua declaração acontece no dia seguinte da decisão da procuradoria sul-coreana em emitir uma ordem para prender e julgar o principal responsável pela Samsung, Lee Jae-yong, por aceitar suposta a extorsão orquestrada pela "Rasputina", chamada assim por sua estreita relação com a presidente sul-coreana afastada Park Geun-hye.

Segundo os procuradores, Lee fez com que a Samsung doasse até 43 bilhões de wons (US$ 36,3 milhões) a organizações ligadas a Choi para que o governo de Park apoiasse, em 2015, uma controvertida fusão de duas empresas do grupo apoiada pela família Lee, mas criticada por um fundo de alto risco.

Na audiência de hoje, também esteve presente o ex-vice-ministro de Cultura e Esporte, Kim Chong, acusado de cooperar na trama criada por Choi, de 60 anos, que está presa desde novembro do ano passado.

Kim negou no tribunal todas as acusações contra ele.

A procuradoria acredita que Choi Soon-sil, com a conivência de Park, conspirou para criar uma rede de extorsão a grandes empresas em troca de favores e é acusada de abuso de poder, chantagem, tentativa de fraude, entre outras acusações.

O escândalo indignou os sul-coreanos, que se manifestaram nas ruas do país pedir a saída de Park Geun-hye da presidência.

O parlamento sul-coreano aprovou em dezembro pelo afastamento da presidente de seu cargo e a decisão definitiva está agora em mãos do Tribunal Constitucional, que tem até junho para decidir a favor ou contra o impeachment.

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