Vista aérea do vazamento de óleo de um poço operado pela petroleira norte-americana Chevron, no campo de Frade, na Bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro, em novembro (Rogerio Santana/Divulgação/Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de fevereiro de 2012 às 21h28.
São Paulo - Condições marítimas favoráveis têm contribuído para a dispersão das manchas de óleo provocadas por um vazamento detectado pela Petrobras nesta semana em um dos campos no pré-sal, na bacia de Santos.
A avaliação foi feita durante sobrevoos na área do incidente por um grupo de acompanhamento e avaliação formado por representantes da Marinha, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
"O helicóptero embarcado na Fragata Niterói realizou dois sobrevoos hoje (quinta-feira), nos quais foram avistadas manchas dispersas, bastante reduzidas em relação ao dia de ontem, deslocando-se para sudoeste, afastando a possibilidade de o óleo alcançar o litoral", afirmou o grupo em comunicado.
A Petrobras detectou o vazamento na terça-feira e informou que houve rompimento da coluna de produção da plataforma que extrai petróleo em caráter de teste no prospecto Carioca Nordeste. O FPWSO Dynamic Producer realiza o Teste de Longa Duração (TLD) na área a 300 quilômetros da costa.
Segundo o comunicado, as condições do mar na área constatadas nesta quinta-feira, com ondas de 2,5 a 3 metros e ventos de 17 a 27 nós, têm contribuído para a dispersão das manchas.
Fiscais da ANP e do Ibama estiveram a bordo do FPWSO Dynamic Producer e recolheram informações que ajudarão na investigação das causas do incidente e na análise da atuação da Petrobras na resposta ao vazamento.
"A partir dessa avaliação, será estudada a possibilidade de aplicação de sanções administrativas", afirmou o documento.
O grupo de acompanhamento informou que seis embarcações da Petrobras continuam realizando ações de resposta por meio de dispersão mecânica com jatos d'água. A Marinha permanece com um navio e uma aeronave 24 horas na área.
Na quarta-feira, o Ibama notificou a Petrobras a apresentar em cinco dias um relatório detalhado sobre os procedimentos adotados diante do vazamento.