Manifestantes anti-nuclear em Tóquio, 13 de outubro, 2012 (Rie Ishii/AFP)
Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2013 às 08h42.
Tóquio - Moradores cujas casas ou fazendas foram afetadas pela radiação da central nuclear de Fukushima entrarão em março com uma ação coletiva contra o governo japonês para obter uma indenização, informaram seus advogados nesta sexta-feira.
Ao menos 350 pessoas entrarão com uma ação perante o tribunal do distrito de Fukushima no dia 11 de março, no segundo aniversário do desastre, segundo os advogados, que indicaram que se trata da maior ação coletiva movida neste caso contra o Estado.
Os demandantes, que também devem processar o operador da central nuclear, Tokyo Electric Power (Tepco), exigirão 50.000 ienes (535 dólares) de compensação por cada mês em que foram deslocados de suas residências devido à catástrofe.
Além disso, pedirão ao tribunal que ordene ao governo e à Tepco que reduza a radiação na região a níveis similares aos existentes antes do acidente.
A pior catástrofe nuclear dos últimos anos ocorreu depois que um gigantesco tsunami, provocado por um violento terremoto de magnitude 9, afetou gravemente o funcionamento da central e provocou radiação em uma ampla zona do nordeste do país, forçando a evacuação de centenas de milhares de pessoas.
"O governo promoveu a energia nuclear como uma política nacional, e é responsável por isso. Apesar de ser consciente dos perigos que um tsunami poderia causar, foi negligente na hora de prevenir esta eventualidade", disse à AFP o advogado Izutaro Managi.