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Sobreviventes de ataque na Flórida pedem por controle de armas

Estudantes entraram em ônibus nesta terça-feira a caminho da capital do Estado, Tallahassee, para pressionar por uma proibição de rifles de assalto

Ataque na Flórida: o movimento de protestos liderado por jovens que surgiu dentro de horas após o ataque atraiu importantes celebridades como apoiadores nesta terça-feira, quando o ator George Clooney e sua esposa Amal, uma advogada de direitos humanos (Joe Skipper/Reuters)

Ataque na Flórida: o movimento de protestos liderado por jovens que surgiu dentro de horas após o ataque atraiu importantes celebridades como apoiadores nesta terça-feira, quando o ator George Clooney e sua esposa Amal, uma advogada de direitos humanos (Joe Skipper/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de fevereiro de 2018 às 18h38.

Parkland - Dezenas de estudantes e pais de alunos da escola da Flórida onde 17 adolescentes e funcionários morreram em um incidente com tiros na semana passada, entraram em ônibus nesta terça-feira a caminho da capital do Estado, Tallahassee, para pressionar por uma proibição de rifles de assalto.

O ataque da semana passada, o segundo incidente com tiros mais fatal da história dos Estados Unidos a acontecer em uma escola pública, tem desencadeado um debate nacional sobre o direito de posse de arma e feito com que adolescentes da escola Marjory Stoneman Douglas e de todo o país exijam ações legislativas. O incidente tem estimulado defensores por controles mais rígidos de armas, incluindo muitos sobreviventes do ataque.

"Não volto à escola até que parlamentares, e o presidente, mudem esta lei", disse Tyra Hemans, de 18 anos, se referindo à lei da Flórida que permite a venda de rifles de assalto. "Três pessoas que eu admirava para conselhos e coragem se foram, mas nunca serão esquecidas, e, por elas, nós vamos à capital do nosso Estado para dizer a parlamentares que estamos cansados e exaustos de leis estúpidas de armas".

Quatorze alunos e três educadores foram mortos no ataque em 14 de fevereiro à escola em Parkland, próximo a Fort Lauderdale. Autoridades acusaram Nikolas Cruz, de 19 anos, de retornar à escola da qual havia sido expulso e abrir fogo com um rifle de assalto semiautomático AR-15.

O movimento de protestos liderado por jovens que surgiu dentro de horas após o ataque atraiu importantes celebridades como apoiadores nesta terça-feira, quando o ator George Clooney e sua esposa Amal, uma advogada de direitos humanos, disseram que irão doar 500 mil dólares para ajudar a financiar uma marcha pelo controle de armas planejada para o dia 24 de março em Washington.

Uma pesquisa de opinião do Washington Post/ABC News divulgada nesta terça-feira mostrou que 77 por cento dos norte-americanos acreditam que o Congresso, liderado pelo Partido Republicano, não está fazendo o suficiente para impedir ataques em massa, com 62 por cento dizendo que o presidente Donald Trump, também republicano, não fez o suficiente neste quesito.

Mais de 100 alunos e pais de alunos entraram em ônibus em Parkland nesta terça-feira para uma viagem de 725 quilômetros até a capital do Estado.

Alunos em Estados incluindo Flórida e Tennessee realizaram protestos nesta terça-feira, de acordo com relatos de mídias locais. A rede WTVJ-TV, de Miami, exibiu um vídeo de cerca de mil adolescentes e adultos marchando de uma escola em Boca Raton ao local do ataque em Parkland, a cerca de 19 quilômetros.

 

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