Ataque em Londres: "As pessoas que foram esfaqueadas foram esfaqueadas com a intenção clara de matar" (Marko Djurica/Reuters)
Reuters
Publicado em 5 de junho de 2017 às 16h55.
Última atualização em 5 de junho de 2017 às 16h58.
Londres - Algumas das vítimas do ataque de sábado à noite em Londres tiveram as gargantas cortadas por trás, e alguns sobreviventes ficaram mudos de choque, de acordo com relatos sobre a onda de assassinatos cometidos por três jihadistas no coração da capital inglesa surgidos dois dias mais tarde.
Primeiro os agressores lançaram uma van em alta velocidade sobre pedestres na ponte de Londres, e em seguida correram em direção à área do movimentado mercado de Borough, onde esfaquearam pessoas indiscriminadamente com facas de lâminas compridas.
O ataque deixou sete mortos e 48 feridos, dos quais 18 ainda se encontravam em estado grave nesta segunda-feira.
"As pessoas que foram esfaqueadas foram esfaqueadas com a intenção clara de matar", disse Malik Ramadhan, médico veterano a cargo dos serviços de acidentes e emergências do Hospital Real de Londres, à rádio BBC nesta segunda-feira.
Seu hospital recebeu 12 dos feridos de sábado à noite, e ele disse que vários deles estavam mudos de choque.
"Essas pessoas, que passaram por uma experiência mais horrível do que eu posso imaginar, estavam simplesmente sentadas nas macas sem falar conosco", contou Ramadhan. "Elas estavam chocadas a ponto de não conseguirem falar."
Durante o caos, uma testemunha que fugiu do local disse à Reuters que viu três pessoas que aparentemente foram degoladas. Relatos detalhados que estão vindo à tona gradualmente confirmaram seu testemunho.
Entre os sobreviventes está a garçonete australiana Candice Hedge. Familiares disseram à mídia de seu país que um agressor agarrou sua cabeça por trás e cortou sua garganta.