Incêndio na Califórnia já é considerado o mais mortífero da história do estado, além do mais destrutivo por ter arrasado 8.917 edifícios (Terray Sylvester/Reuters)
EFE
Publicado em 14 de novembro de 2018 às 06h50.
São Francisco - As autoridades americanas informaram nesta terça-feira que encontraram outros seis corpos no gigantesco incêndio que queima desde quinta-feira no norte da Califórnia, o que aumentou o número total de mortos nas duas grandes conflagrações ativas no estado para 50.
Em entrevista coletiva, o xerife do condado de Butte, Kory Honea, afirmou que pediu o apoio de 100 reservistas da Guarda Nacional dos Estados Unidos para que ajudem nas tarefas de localização de restos humanos, já que ainda há pessoas desaparecidas.
Até segunda-feira, o número de desaparecidos reportados pelas autoridades era de cerca de 200, mas Honea disse não poder dar um número atualizado (que não conte os que foram localizados nas últimas horas) por conta do enorme volume de trabalho causado pela situação caótica.
O chamado "Camp Fire", que está situado 280 quilômetros ao nordeste de San Francisco e engoliu totalmente a cidade de Paradise (de 26.000 habitantes), já é, com 48 mortos, o mais mortífero da história do estado, além do mais destrutivo por ter arrasado 8.917 edifícios.
As outras duas vítimas morreram no outro grande incêndio que queima no sul do estado, perto de Los Angeles, e cujos corpos foram achados carbonizados no veículo no qual tinham tentado escapar das chamas.
Paradise, a cidade que ficou completamente arrasada pela conflagração, se encontra aos pés da Sierra Nevada, em meio a um clima seco e ensolarado que no último meio século atraiu muitos aposentados, o que fez com que a população se triplicasse em 50 anos.
Meios de comunicação locais apontaram que muitas das pessoas que permanecem desaparecidas são idosos, alguns com mobilidade reduzida, o que teria dificultado sua evacuação.
O incêndio começou na manhã de quinta-feira por causas ainda desconhecidas e desde então queimou 52.600 hectares de um terreno extremamente seco. A polícia local indicou que faz mais de 200 dias que choveu pela última vez na área.
Por enquanto, os bombeiros conseguiram conter apenas 35% das chamas desse incêndio.