Santiago - O governo do Chile decretou neste domingo estado de emergência para as cidades de Antofagasta e Tocopilla devido ao temporal e às inundações que afetam o extremo norte do país e que causaram a morte de cinco pessoas, sendo três nessas regiões, entre elas uma menina de quatro anos.

As outras duas vítimas faleceram ontem nas cidades de Valparaíso e Coquimbo. O ministro do Interior, Jorge Burgos, disse em entrevista coletiva realizada no Escritório Nacional de Emergência (Onemi) que as autoridades retiraram com rapidez cerca de mil pessoas de suas casas em Tocopilla devido às inundações ocorridas em uma área extremamente seca e de baixo índice anual de chuvas.

O estado de exceção constitucional é uma maneira de proteger a estabilidade e segurança do país ou região em particular através de lei quando ocorrem situações anormais dessa natureza.

Nas regiões central e norte do Chile, milhares de residências ficaram sem energia elétrica, e a força do vento e as intensas chuvas causaram inúmeros danos materiais.

Em Coquimbo, a 458 quilômetros ao norte de Santiago, mais de cem barcos ficaram destruídas pelas ressacas, enquanto em Valparaíso e Viña del Mar, ondas de quase nove metros de altura destruíram dezenas de locais localizados à beira-mar e algumas construções novas.

A Marinha fechou portos para embarcações de diversos tamanhos, e em Valparaíso o sistema de metrô foi interrompido por pelo menos 48 horas, já que as águas chegaram aos trilhos.

Em Iquique, a 1.857 quilômetros de Santiago, o mau tempo provocou vários alagamentos que cortaram algumas estradas que levam a zonas rurais, segundo a polícia.