Ônibus destruído em uma explosão é rebocado em Volgogrado: número de mortos já chega a 33 (Sergei Karpov/Reuters)
Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2013 às 07h10.
Moscou - Um dos feridos em um dos dois atentados que ocorreram na cidade de Volgogrado, na Rússia, não resistiu e morreu no hospital, o que elevou o número de mortes nos ataques terroristas para 33, informou nesta terça-feira o Ministério para Situações de Emergência do país.
"Esta noite, em um dos hospitais de Volgogrado, morreu um dos feridos na explosão na estação no dia 29 de dezembro", disse o porta-voz do Ministério, Dmitri Ulanov, citado pela agência "Interfax".
O funcionário acrescentou que 18 pessoas morreram no total, por causa do atentado cometido por uma terrorista suicida que detonou uma bomba no posto de controle de armas na entrada da principal estação de trens de Volgogrado.
Ulanov detalhou que 15 pessoas morreram no atentado suicida de ontem contra um trolebus no centro da mesma cidade.
Segundo dados oficiais, além das mortes, os dois atentados, que ocorreram com menos de 24 horas de diferença, deixaram 73 pessoas feridas, das quais 65 tiveram que ser hospitalizadas.
Os principais canais da televisão estatais mudaram a programação prevista para a véspera de Ano Novo, enquanto a região de Volgogrado declarou cinco dias de luto, até 3 de janeiro.
O Partido Comunista da Rússia, a segunda força no Parlamento do país, pediu que o presidente Vladimir Putin declare luto nacional e suspenda todos os festejos e celebrações populares do Ano Novo.
O chefe do Kremlin ordenou ao Comitê Nacional Antiterrorista, que coordena o trabalho de todas as forças de segurança do país na luta contra o terrorismo, que reforce os protocolos de segurança em todo o território nacional para prevenir novos ataques.
Essa medida foi considerada insuficiente pelo ultranacionalista Partido Liberal Democrático da Rússia, que pediu a instauração do regime de operação antiterrorista, uma espécie de estado de exceção, em toda a região de Volgogrado e também nas vizinhas Stavropol e Astrakhan.
O líder dos ultranacionalistas, Vladimir Zhirinovsky, exigiu, além disso, a reinstalação da pena de morte para punir os crimes de terrorismo.