Civis diante de destroços após atentado: (Feisal Omar/Reuters)
EFE
Publicado em 15 de outubro de 2017 às 12h25.
Última atualização em 16 de outubro de 2017 às 11h08.
Mogadíscio - O atentado com dois caminhões-bomba cometido no último sábado por supostos integrantes do grupo jihadista Al Shabab na capital da Somália, Mogadíscio, matou mais de 200 pessoas e deixou mais de 300 feridas, confirmaram à Agência Efe fontes dos serviços de saúde do país.
Os hospitais, escassos de medicamentos e sangue, estão superlotados de feridos. O ataque ao Safari Hotel e a um movimentado mercado da cidade é o pior já ocorrido na história do país com base no balanço de mortos, que ainda pode aumentar.
De acordo com a imprensa somali, a maioria dos mortos eram civis, principalmente vendedores ambulantes. Por enquanto, embora a mídia local e analistas considerem certo que Al Shabab está por trás do atentado, o grupo ainda não reivindicou a autoria do ocorrido.
Al Shabab, que em 2012 se filiou à rede internacional da Al Qaeda, controla parte do território no centro e no sul do país e tenta instaurar um Estado islâmico wahabista na Somália.
O país vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, o que deixou o país sem um governo efetivo e em mãos de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra que respondem aos interesses de um clã determinado e grupos armados.