Rua danificada e carro virado após enchente na França: cidades começaram a limpar as ruas e as casas que mais sofreram com a inundação, a mais dramática da França nos últimos 25 anos (Reuters / Eric Gaillard)
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2015 às 10h59.
Paris - Os serviços de resgate encontraram nesta segunda-feira duas novas vítimas entre os escombros provocados pelas inundações causadas pela forte tempestade que arrasou a côte D'Azur francesa, no sábado, o que elevou a 19 o número de vítimas.
Duas pessoas ainda estão desaparecidas, uma em Cannes e outra em Antibes, indicou a prefeitura do departamento dos Alpes Marítimos.
Os bombeiros resgataram em uma garagem subterrânea de Mandalieu-a-Napoule o corpo de uma pessoa que buscavam desde ontem, o que elevou para oito o número de mortos nessa cidade vizinha a Cannes, a que mais sofreu com o temporal.
O outro corpo foi achado em um estacionamento subterrâneo de Cannes.
Entre as vítimas havia um britânico, uma italiana e um português, informou a prefeitura.
As cidades começaram a limpar as ruas e as casas que mais sofreram com a inundação, a mais dramática da França nos últimos 25 anos.
O governador regional do departamento, Adolphe Colrat, afirmou que já começou a fase de reconstrução.
Os serviços do Estado começaram a retirar os carros que se amontoam nas ruas após terem sido arrastados pelas enchentes, além das árvores derrubadas pela intensidade da tempestade.
Os serviços meteorológicos tinham decretado alerta laranja, o segunda em intensidade, que se revelou insuficiente para enfrentar as consequências da tempestade, que deixou mais de 180 litros por metro quadrado em pouco mais de duas horas.
Colrat explicou que este tipo de fenômenos, "inéditos", são difíceis de antecipar e que o trágico balanço humano não se explica pela falta de alerta, "mas pela ausência de prevenção" das vítimas.
Ele destacou a mobilização "rápida e exemplar" dos serviços do Estado, que evitaram mais vítimas.
A federação nacional de seguros se comprometeu a pagar as indenizações no prazo de dois meses, e o presidente francês, François Hollande, prometeu que declarará estado de catástrofe natural.