Mundo

Sob tensão com o Norte, Coreia do Sul confirma que enviará ao espaço segundo satélite-espião

Novo dispositivo será lançado no domingo; segundo canal público, com ele, Seul poderá monitorar infraestruturas-chave do país vizinho

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 5 de abril de 2024 às 09h06.

A Coreia do Sul enviará ao espaço o seu segundo satélite-espião militar fabricado nacionalmente a partir dos Estados Unidos no domingo, confirmou o Ministério da Defesa na sexta-feira, enquanto Seul procura monitorizar e combater melhor Pyongyang.

Os relatos da imprensa de que a decolagem seria planejada nos Estados Unidos em 7 de abril são "corretos", disse à AFP um porta-voz do Ministério da Defesa, acrescentando que os detalhes ainda serão comunicados.

Este anúncio, que surge depois de a Coreia do Sul ter confirmado, em dezembro, o lançamento bem-sucedido do seu primeiro satélite-espião militar, embarcado num foguete Falcon 9, da SpaceX, de Elon Musk.

Decolagem do satélite

Desta vez, a aeronave sul-coreana está programada para decolar do Centro Espacial John F. Kennedy, na Flórida, também a bordo de um foguete Space X Falcon 9.

O primeiro satélite de Seul transmitiu imagens de alta resolução do centro de Pyongyang às autoridades e a sua missão principal deverá começar em junho, segundo a agência de notícias Yonhap.

A Coreia do Sul quer lançar um total de cinco dispositivos-espiões até 2025 para melhor monitorar o Norte.

Uma vez que os satélites, tendo entrado em órbita, tenham iniciado a sua missão, o Exército sul-coreano poderá espionar infraestruturas-chave na Coreia do Norte através dos seus objetivos, aproximadamente a cada duas horas, detalhou o canal público KTV.

Satélite-espião da Coreia do Norte

A Coreia do Norte, por sua vez, alegou que o seu próprio satélite estava em órbita e que tinha enviado imagens da base americana em Pearl Harbor, no Havaí, bem como de "alvos principais" na Coreia do Sul.

Pyongyang conseguiu enviar o seu dispositivo “Malligyong-1” ao espaço após dois lançamentos falhos, em maio e agosto de 2023.

Segundo Seul, o Norte recebeu ajuda da Rússia em troca de envios de armas para a guerra na Ucrânia.

Os especialistas acreditam que a operação bem-sucedida permitirá que a inteligência norte-coreana melhoreo recolhimento de informações sobre a Coreia do Sul, em particular, e forneça dados cruciais sobre qualquer conflito na região.

*Matéria produzida pela AFP e disponibilizada pela Agência O Globo

Acompanhe tudo sobre:Coreia do SulCoreia do NorteEspionagem

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru