Fotos de Edward Snowden, ex-funcionário da Agência Nacional de Segurança, e do presidente dos EUA, Barack Obama, nas manchetes de jornais em inglês e chinês, em Hong Kong (Bobby Yip/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2013 às 12h56.
Moscou - O jornalista Glenn Greenwald, a quem o norte-americano Edward Snowden revelou a existência de programas secretos de vigilância do governo dos Estados Unidos, afirmou ao jornal argentino La Nación que Snowden tem dados que podem ser muito mais "prejudiciais" ao governo norte-americano.
"Snowden tem informações suficientes para provocar mais danos ao governo norte-americano em apenas um minuto do que qualquer pessoa jamais teve na história dos Estados Unidos", disse Greenwald ao diário. "Mas este não é seu objetivo", afirmou o jornalista.
O norte-americano está há três semanas na área de trânsito de um aeroporto de Moscou desde que chegou à Rússia, proveniente de Hong Kong, no dia 23 de junho.
Snowden foi funcionário da CIA e ultimamente trabalhava para uma empresa que presta serviços para a Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês), onde teve acesso às informações que foram vazadas.
Na sexta-feira, ele convocou um grupo de ativistas para uma reunião no aeroporto e revelou que pediria asilo à Rússia até conseguir viajar para a América Latina, onde três países, Venezuela, Bolívia e Nicarágua ofereceram asilo político a ele.
Mas autoridades russas ainda não confirmaram o recebimento do pedido que, se aprovado, pode estremecer ainda mais as já tensas relações entre Rússia e Estados Unidos.
O governo dos Estados Unidos quer que Snowden volte ao país para ser julgado pelos vazamentos, mas até agora Moscou tem recusado o pedido, afirmando que não tem um tratado de extradição com Washington.
Durante a reunião de sexta-feira, Snowden declarou que não quer prejudicar os Estados Unidos, mas não ficou claro se isso significa que ele está pronto para parar de divulgar as informações para poder ficar na Rússia, já que esta foi a condição imposta pelo presidente Vladimir Putin para conceder asilo ao norte-americano. Fonte: Dow Jones Newswires.